DF tem a segunda menor taxa de informalidade do país, mas é a maior desde 2016
Estudo sobre mercado de trabalho informal aponta que o DF tem 349.538 trabalhadores nesta condição
O Distrito Federal possui 349.538 trabalhadores informais, o que representa 28,74% do total de ocupados do DF, segundo o estudo “Mercado de trabalho informal: uma perspectiva comparada do Distrito Federal”, divulgado hoje (12) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A taxa é a segunda menor do país, atrás apenas de Santa Catarina (27,84%).
O trabalho informal é a principal forma de ocupação em 11 estados do País, atingindo a taxa de 41,1% em todo Brasil, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas. No Distrito Federal, o índice ficou em 29,6%, a maior taxa desde 2016, quando chegou a 26%.
A região administrativa com a maior taxa de informalidade proporcional é o Varjão, com 1.875 profissionais informais, o que corresponde a 49,68% dos trabalhadores totais da região. Em seguida vem o Itapoã com 11.816 trabalhadores informais (44,90%) e SCIA/Estrutural com 5.497 profissionais informais (44,78%). Na outra ponta, com as menores taxas de informalidade, encontram-se o SIA, com 188 informais (21,81%), Sudoeste/Octogonal com 6.219 (22,32%) e Park Way com 2.013 (22,57%).
O objetivo do estudo é situar a dimensão da informalidade no mercado de trabalho do DF em relação ao Brasil e de cada região administrativa no contexto local, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) e da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD). Considera-se trabalhadores informais aqueles lotados no setor privado sem carteira assinada, aqueles que trabalham por conta própria sem CNPJ, os empregadores sem CNPJ e os trabalhadores familiares auxiliares.
INFORMALIDADE NO DF
Os dados mostram que os jovens e os idosos são os mais inseridos na economia informal. A taxa de informalidade na faixa etária de 15 a 19 anos é de 50,62%, enquanto na faixa etária de 80 anos ou mais é de 54,18%. A faixa etária menos presente no mercado informal é a de 30 a 34 anos (23,59%), seguida pela de 35 a 39 anos (26,66%).
Com relação a informalidade por sexo, o estudo apontou que 29,76% dos trabalhadores do sexo masculino atuam na informalidade, enquanto 27,49% das trabalhadoras do sexo feminino estão nesta condição. Segundo raça/cor, 26,76% dos ocupados brancos são informais, enquanto 30,14% dos ocupados negros estão nesta condição. De acordo com o estudo, o grupo com a maior taxa de informalidade é o dos profissionais negros do sexo masculino (31,14%), seguido pelas profissionais negras do sexo feminino (28,82%). Os trabalhadores brancos do sexo masculino e as trabalhadoras brancas do sexo feminino registraram 27,61% e 25,82%, respectivamente.
No que se refere à escolarização, a informalidade é mais presente entre os analfabetos ocupados (53,28%), contra 28,53% dos alfabetizados ocupados. Segundo o nível de escolaridade, a informalidade atinge principalmente aqueles que cursaram a alfabetização de adultos (52,93%), seguido por aqueles que concluíram apenas o ensino fundamental pela Educação de Jovens e Adultos (50,18%). Os menores índices de informalidade estão entre aqueles que possuem doutorado (15,60%) e especialização de nível superior (18,41%).
A Gerente de Estudos Regional e Metropolitano, Larissa Nocko, chama a atenção para os componentes que impulsionam a informalidade. “Não dá para dizer que o fator principal é a escolaridade ou é a renda, mas podemos considerar que estes fatores coexistem e se apresentam como aspectos da informalidade”.
A pesquisa observou grande desigualdade salarial entre trabalhadores formais e não formais, com uma diferença média de R$ 1.505,91. Os ocupados formais possuem rendimento médio de R$ 4.097,87, enquanto os não formais ganham em média R$ 2.591. Os setores com maior concentração de mão de obra informal são Construção, com 34.761 informais (63,27%); Artes, Cultura, Esporte e Recreação, com 8.976 (57,13%); e Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura, com 3.070 (49,29%).
COMPARATIVO NACIONAL
O Distrito Federal é a segunda unidade da Federação com a menor taxa média de informalidade, com 28,22% dos trabalhadores no mercado informal, perdendo apenas para Santa Catarina, estado brasileiro com o menor índice médio de informalidade, com 27,84% dos ocupados nesta condição. Maranhão e Pará são as duas unidades federativas com alto grau de informalidade, sendo 61,38% e 59,85%, respectivamente.
Entre as capitais brasileiras, Brasília possui o quarto menor percentual de informalidade (28,22%). Florianópolis, Vitória e Curitiba lideram o ranking, com taxas de 25,88%, 26,33% e 27,07%, respectivamente. Belém, Macapá e Rio Branco figuram entre as mais informalizadas, com índices de 49,89%, 47,23% e 43,21%, respectivamente.
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