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Bolsonaro queria usar dinheiro das joias para pagar condenação e multas de motociata
Ex-presidente se queixava financeiramente, segundo Mauro Cid. Ele havia solicitado o levantamento dos valores de presentes da União para vendê-los e pagar condenação em litígio à deputada e infrações de trânsito
O ex-presidente Jair Bolsonaro tinha planos para uma parcela do dinheiro das vendas de joias da União. Ele pretendia usar os valores para pagar a condenação judicial em litígio à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), além de saldar as infrações de trânsito por causa das motociatas. Segundo o tenente-coronel Mauro Cid, em delação premiada, o ex-chefe do Executivo se queixava financeiramente e havia solicitado o levantamento dos valores dos presentes da União para vendê-los.
“Jair Bolsonaro estava reclamando dos pagamentos de condenação judicial em litígio com a deputada federal Maria do Rosário e gastos com as mudanças e transporte do acervo que deveria arcar, além de multas de trânsito por não usar o capacete nas motociatas”, disse o ex-ajudante de ordens.
A informação consta no documento de delação premiada, firmado com a Polícia Federal, que teve sigilo derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (19/2). A suposta apropriação indevida de bens do país é alvo de uma investigação da Polícia Federal. O inquérito apura se o ex-presidente e ex-assessores tentaram trazer ilegalmente presentes dados à União. A PF aponta que os bens teriam ido diretamente para o acervo pessoal do ex-chefe do Executivo.
“Diante disso, o ex-presidente solicitou ao colaborador quais presentes de alto valor que havia recebido em razão do cargo; QUE o colaborador verificou que os presentes mais fáceis de mensurar o valor seriam os relógios, e solicitou ao GADH a lista de relógios que o presidente recebeu de presente; QUE avisou ao então Presidente que o relógio que poderia ser vendido de forma mais rápida seria o Rolex de ouro branco presenteado pela Arábia Saudita em 2019”, relatou Cid.
O ex-ajudante de ordens afirmou também ter feito pesquisas sobre valores e melhores lugares para venda dos itens de luxo.
“QUE recebeu determinação do presidente para levantar o valor do relógio ROLEX para venda; QUE o ex-presidente autorizou o colaborador a vender o relógio ROLEX e os demais Itens do kit; QUE o colaborador pesquisou na internet, inclusive no Brasil, sobre os melhores valores para a venda: QUE não houve indicações de locais por terceiros”, contou
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