A operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira, 19, que prendeu cinco suspeitos de planejar a morte do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou repercussão nas redes sociais, principalmente entre governistas, que afirmaram que o caso é “grave” e pediram que nenhum golpista seja anistiado.
Os presos foram Mário Fernandes, general reformado que foi secretário-executivo da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), três “kids pretos”, que são militares do Comando de Operações Especiais do Exército, e um policial federal.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT-SP), usou seu perfil no X (antigo Twitter) para afirmar que atos “não são isolados”, se referindo ao plano de assassinato investigado pela PF e a tentativa golpista de 8 de Janeiro. “É preciso chegar em quem estava no topo desse absurdo. Ainda falta um: Jair Bolsonaro”, escreveu o ministro.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que o episódio traz elementos “extremamente graves” sobre a participação de pessoas do núcleo do governo do ex-presidente, avaliando que o episódio do 8 de janeiro de 2023 não tratava de pessoas que estavam protestando de forma democrática. A declaração foi dada a jornalistas em meio as reuniões do G-20, no Rio de Janeiro.
A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), escreveu em seu perfil no antigo Twitter que o caso é “extremamente grave”. “Foram reuniões conspiratórias, descrédito das urnas, desvio de dinheiro para organizar a ida de caravanas bolsonaristas para acampamentos em frente aos quartéis… Lembrem que os cinco são servidores públicos, com o conhecimento técnico-militar que aprenderam através do Estado, atentando contra a democracia e a vida”, disse. Na sequência, a parlamentar afirmou que “esse foi o tamanho da nossa vitória em 2022” e pediu que não haja anistia.
Em coro, deputados federais governistas, em maioria do PT e do PSOL, foram às redes sociais repercutir a notícia da prisão dos suspeitos e também afirmar que “nenhum tipo de anistia” deve ser concedida para “nenhum bolsonarista”, como disse a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) em uma das publicações sobre o assunto. Em outra postagem, a deputada afirmou que “a hora” do ex-presidente “também vai chegar”, acompanhada de uma montagem em que Bolsonaro corre do ministro Alexandre de Moraes.
Os deputados Tarcísio Motta (PSOL-RJ), Natália Bonavides (PT-RN), Luiza Erundina (PT-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Rubens Otoni (PT-GO) e Maria do Rosário (PT-RS) foram alguns dos parlamentares que também repercutiram a operação sobre o plano golpista reivindicando que os envolvidos não podem ser anistiados.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) também afirmou em uma série de publicações que o episódio aponta para “uma organização golpista muito bem articulada”. “A prisão do líder também é fundamental e urgente!”, escreveu o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo. Boulos também mencionou o atentado a bomba na Praça dos Três Poderes na semana passada, cujo responsável, Francisco Wanderley Luiz, cometeu suicídio após lançar explosivos contra a Estátua da Justiça. “Mas são apenas lobos solitários…”, ironizou o deputado em outra publicação.
O deputado federal e vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que o caso é “gravíssimo” e comentou que “essa turma não estava para brincadeira”, sobre o plano de assassinato. Rogério Correia (PT-MG), vice-líder do governo na Câmara, escreveu que um dos suspeitos presos nesta terça-feira foi alvo de um requerimento dele para prestar depoimento na CPMI do 8 de Janeiro. “A tropa bolsonarista fez barulho e não deixou aprovar”, acrescentou o deputado.
O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que “lugar de golpista é na cadeia” e que o plano de execução de Lula foi debatido dentro da casa do general Braga Netto em 2022.
Entenda o caso
As prisões na manhã desta terça-feira fazem parte da Operação Contragolpe, que identificou um “detalhado planejamento operacional” chamado “Punhal Verde e Amarelo”, previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022, com o assassinato de Lula e de Alckmin. O plano também incluía a execução de Moraes, que era monitorado continuamente, caso o golpe fosse consumado.
A operação investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O Exército acompanhou as diligências em razão da participação de militares na quadrilha sob investigação, que foram realizadas no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, indicou a PF.
Com informações do Jornal de Brasília
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