Blocos de Brasília têm intérprete de Libras para foliões surdos
Grupos que têm recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) devem oferecer ao menos um ‘instrumento de acessibilidade comunicacional’. No Setor Carnavalesco Sul, todas as apresentações contam com intérpretes e telão para dar visibilidade às traduções.
O intérprete de Libras Virgílio Soares, durante apresentação no Setor Carnavalesco Sul — Foto: Reprodução/Setor Carnavalesco Sul
Foliões de Brasília têm, neste carnaval, recursos para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual ou auditiva nos blocos de rua. A exigência consta nos editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec) para fomentar os espetáculos deste ano.
Para que todos os foliões desfrutem da festa, a secretaria exige a presença de intérprete de Libras em pelo menos uma apresentação. Além disso, todos os blocos que saem com fomento do FAC devem oferecer ao menos um “instrumento de acessibilidade comunicacional”, tais como legendas em português, áudio descrição, Braille, entre outros, respeitando a linguagem de cada projeto e as necessidades do público alvo.
A determinação está na portaria nº 9 de 20 de janeiro de 2023, que apresenta as diretrizes para a execução da Política Cultural de Acessibilidade em Brasília. No Setor Comercial Sul – onde ocorre o tradicional Setor Carnavalesco Sul, todos os blocos contam com intérpretes de Libras e telão para dar visibilidade às traduções.
“A inclusão faz toda a diferença para quem trabalha com festas, e a inclusão pela comunicação está se fortalecendo nos últimos anos”, afirma Érica Cidade, do Setor.