Servidor do BRB é investigado por desviar R$ 3,5 mi para apostar on-line
Segundo as investigações da PCDF, o tesoureiro estaria usando o dinheiro em jogos de apostas virtuais. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e bloqueio de contas
Um tesoureiro de uma agência bancária do Banco de Brasília (BRB) foi alvo de uma operação, na manhã desta terça-feira (20/02), por suspeita de desviar R$ 3,5 milhões do banco e usar para jogos de apostas virtuais. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por intermédio da Delegacia de Repressão à Corrupção vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DRCOR/Decor), cumpriu mandados de busca e apreensão e bloqueio de valores.
Segundo a PCDF, a apuração teve início após o BRB constatar algumas irregularidades nos registros contábeis da agência e comunicar a suspeita à polícia. As investigações apontaram que o servidor público se valia do acesso ao cofre da agência e conhecimento das operações de caixa para retirar o dinheiro e depositar na própria conta pessoal. Para disfarçar o golpe, ele ainda falsificava os documentos para aparentar que tudo estava em ordem na tesouraria.
Durante as diligências, os investigadores identificaram indícios de que o servidor desviava o dinheiro para depois aplicar em jogos de apostas virtuais.
Chamada de Operação Jogo Sujo, a ação realizou buscas com o objetivo de consolidação e robustecimento dos elementos de prova para reforçar os indícios presentes no Inquérito Policial. Além disso, a polícia pretende direcionar a continuidade das investigações e observar se há o envolvimento de outras pessoas, incluindo servidores.
Na operação, foi determinado ainda o bloqueio de valores existentes em contas correntes e poupanças, investimentos, ativos financeiros e seguros de vida, titularizadas pelo servidor no limite de R$ 3,5 milhões.
O suspeito é investigado pela possível prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Caso seja condenado, as penas podem chegar a 22 anos de prisão. A operação da PCDF contou com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep).
Com informações do Correio Braziliense
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