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5 lugares parecidos com os EUA para quem quer evitar viajar para o país sob o governo Trump

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Os últimos acontecimentos e medidas tomadas pelo governo Donald Trump vêm fazendo muitas pessoas deixarem de viajar para os Estados Unidos. A BBC destacou cinco lugares em vários países com atrações similares às americanas para os turistas.

Alemanha, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França e o Reino Unido: os cidadãos de todos estes países receberam o mesmo aviso nos últimos meses.

A mensagem diz, basicamente, que “se você planeja viajar para os Estados Unidos, a situação mudou”.

Após as recentes mudanças políticas no país, os seis governos atualizaram as orientações de viagem para seus cidadãos.

Eles alertam sobre as regras de entrada mais restritivas e a necessidade de pessoas transgênero se declararem homens ou mulheres nos pedidos de visto e no Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem dos Estados Unidos (Esta, na sigla em inglês).

Tudo isso fez mudar o sentimento das pessoas em relação a viajar para a Terra da Liberdade.

Relatos de viajantes detidos na fronteira devido a mal-entendidos, aliados a uma preocupante série de falhas no controle de tráfego aéreo, serviram apenas para diminuir ainda mais a confiança dos turistas.

Se você sente atração pelos cenários arrojados, energia cultural e pela atmosfera cinematográfica dos Estados Unidos, mas está reconsiderando seus planos de viagem para este ano, quais seriam os destinos alternativos?

De ranchos de caubóis, passando por cidades vibrantes até chegar a cânions profundos, aqui estão algumas alternativas em outros países que refletem o melhor que há nos Estados Unidos – cada uma, com um toque particular.

Se você adora Nova York… que tal Toronto?

A Big Apple é um lugar único… ou será que não?

Toronto, no Canadá, serve há muito tempo de dublê de Nova York, nas telas de cinema e televisão – o que só é possível graças à sua arquitetura eclética e seus cenários versáteis, além dos incentivos à indústria cinematográfica.

A cidade é tão convincente que passou por Nova York no filme O Aprendiz (2024), estrelado por Sebastian Stan e Jeremy Stron. O longa registra a ascensão de Donald Trump até a fama, na Manhattan dos anos 1970 e 80.

É claro que Toronto é uma cidade diferente e muito menor. Você irá encontrar o time do Blue Jays, não os Yankees, no campo de baseball local, sem falar na devoção da cidade pelo poutine (uma iguaria típica canadense, à base de batatas fritas e queijo), no lugar da pizza.

Ainda assim, há profundos paralelos.

Em Toronto, os 162 hectares do High Park, com suas cerejeiras e trilhas de caminhada, evocam a grandiosidade do Central Park, em Nova York. E a CN Tower oferece uma vista do horizonte que faz inveja ao Empire State Building.

O próprio histórico da cidade canadense a aproxima da Big Apple. Entre 1793 e 1834, Toronto não tinha este nome. Ela era chamada de York.

Vista dos prédios de Toronto, com a CN ao fundo, a partir de uma área verde
Toronto substitui Nova York com frequência, nas produções de cinema e televisão

“O ator Peter Ustinov [1921-2004] foi o autor da famosa declaração, de que Toronto é Nova York administrada pelos suíços”, relembra a diretora de marketing internacional da organização Destination Ontario, Lydia Devereaux.

“As duas cidades têm museus e galerias de classe internacional, lojas, um panorama culinário renomado e inspirado pela incrível diversidade da sua população e bairros únicos para caminhadas.”

Se você deseja ver caubóis… vá à Argentina!

O Parque Nacional de Yellowstone, no noroeste dos Estados Unidos, tem grande influência na cultura popular.

A famosa série da Paramount (2018-2024) com o nome do parque — sem falar do seu spin-off 1883 (2021-2022) e da turnê mundial Cowboy Carter, de Beyoncé — é responsável pelo atual aumento do interesse pelos caubóis e pela cultura do Velho Oeste.

Especialistas em turismo afirma que esta tendência vem levando mais turistas a procurar estadias em ranchos para cavalgar nas férias.

Mas, mesmo com o interesse crescente por Estados americanos como Montana e Wyoming, você não precisa visitar os Estados Unidos para vivenciar o melhor da cultura caubói. Pergunte aos gaúchos, os caubóis da Argentina.

A cultura dos gaúchos argentinos reflete uma herança secular de cavaleiros nômades. Eles cuidavam dos seus animais e passavam a vida sobre a sela.

Atualmente, este estilo de vida tradicional enfrenta dificuldades para sobreviver, frente ao avanço da agricultura.

Mas os turistas podem ficar hospedados nas inúmeras estâncias (as fazendas dos gaúchos argentinos). Nelas, a vida é lenta, os cenários são amplos e o asado (churrasco) é assunto sério.

“Na Estância Los Potreros [perto de Córdoba], os hóspedes vivenciam a autêntica vida dos cavaleiros, provam asados e tomam chimarrão. Tudo isso ainda faz parte do dia a dia”, conta seu proprietário, Kevin Begg. Ele acredita que a versão argentina da cultura dos caubóis é ainda mais autêntica que a dos Estados Unidos.

“Convidamos nossos hóspedes a fazer parte da nossa família”, destaca ele, “e todas as nossas atividades são baseadas no que está acontecendo na estância, sem serem selecionadas em uma lista de atividades.”

Se você se maravilhou com o Grand Canyon… conheça o desfiladeiro do rio Tara, em Montenegro

O tamanho e a escala do Grand Canyon, no Estado americano do Arizona, são incomparáveis. Ele tem 447 km de comprimento, 29 km de largura máxima e 1,6 km de profundidade média.

O Grand Canyon é um dos parques nacionais mais visitados dos Estados Unidos. No ano passado, foram cerca de cinco milhões de pessoas.

Carro passando sobre ponte no desfiladeiro do rio Tara, em Montenegro
O desfiladeiro do rio Tara, em Montenegro, oferece toda a emoção do Grand Canyon, sem as multidões

Mas existe em Montenegro, nos Bálcãs, o cânion mais profundo da Europa: o desfiladeiro do rio Tara. Ele oferece uma sensação de assombro similar à do Grand Canyon, sem as multidões de visitantes.

Localizado no Parque Nacional Durmitor, o cânion foi escavado por uma fita de água azul-turquesa. Nela, os praticantes do rafting abraçam as ondas rolantes, ao lado dos imensos rochedos.

“Existe ali uma poderosa sensação de isolamento e beleza bruta que qualquer pessoa que tenha ficado na borda do Grand Canyon irá identificar”, afirma Stefanie Schmudde, vice-presidente de estratégias de produtos globais da agência de turismo de luxo Abercrombie & Kent.

“A escala é imensa e oferece a mesma conexão visceral à natureza, em um ambiente que parece remoto e desconhecido.”

Se você adora São Francisco… a opção é a Cidade do Cabo

Da sua famosa neblina até a ponte Golden Gate, o Vale do Silício e Alcatraz, São Francisco, na Califórnia, é uma das cidades mais marcantes dos Estados Unidos.

Ela é estrela de filmes como Perseguidor Implacável (1971) e Uma Babá Quase Perfeita (1993). A cidade também influenciou a história cultural no país e no exterior, com os protestos do Verão de Amor de 1967, contra a Guerra do Vietnã (1959-1975).

Mas, no outro lado do mundo, há um lugar com atmosfera similar. A Cidade do Cabo, na África do Sul, também tem seu litoral coberto pela neblina, histórico cultural significativo e um crescente cenário de tecnologia, além da sua própria prisão histórica localizada em uma ilha.

A penitenciária de Robben Island – onde Nelson Mandela (1918-2013) foi preso – atualmente é um museu e um legítimo substituto de Alcatraz. As duas cadeias são rodeadas por águas infestadas de tubarões.

Você não irá encontrar leões-marinhos nas praias da Cidade do Cabo, como ocorre em São Francisco. Mas existe uma colônia de pinguins africanos na sul-africana Boulder Beach (Praia dos Rochedos).

Turista em frente à porta da prisão de Robben Island, na África do Sul, com seus dizeres em inglês e afrikaans.
Também rodeada por águas infestadas de tubarões, a prisão de Robben Island é um legítimo substituto de Alcatraz

“A Cidade do Cabo é um daqueles lugares que realmente oferecem algo para todas as pessoas”, conta Zinzi Bobani, gerente-geral do escritório sul-africano da agência de viagens Intrepid.

A região “é um paraíso culinário, com uma mistura de cozinhas e surpreendentes vinhedos, belas rotas de caminhada no litoral e aventuras de teleférico na Montanha da Mesa. E, é claro, é rica em história.”

Se você se deslumbra com Las Vegas… experimente Macau

Macau, na China, é o centro do jogo na Ásia. Conhecida como a capital mundial dos cassinos, a cidade é um antigo porto comercial entre a China, a Índia e Portugal.

Se você procura uma alternativa às luzes brilhantes de Las Vegas, a reluzente cidade no meio do deserto do Estado americano de Nevada, uma grande solução pode ser a “Vegas da Ásia”, como costuma ser chamada esta região administrativa especial da China.

Como em Las Vegas, os visitantes podem presenciar em Macau os shows e belos jantares em hotéis resort de luxo.

É verdade que Macau não tem o hotel Bellagio, como Las Vegas. Mas tem o primeiro Karl Lagerfeld Hotel do mundo – um hotel cinco estrelas projetado pela lenda da moda (1933-2019) que deu seu nome.

Na Cotai Strip, você encontra réplicas do Grande Canal de Veneza, na Itália, e uma réplica da Torre Eiffel em meia escala.

Para Andy Eastham, da agência de viagens Wendy Wu Tours, Macau oferece a mesma sensação de Las Vegas e um pouco mais.

“Para os fãs de Vegas, existe muita coisa que irá parecer familiar”, explica ele, “mas um ponto em que Macau realmente se destaca é a sua profunda cultura.”

“Em um momento, você está tomando coquetéis em um bar panorâmico; no próximo, você está caminhando pelas ruas de pedras rodeadas por construções coloniais em tons pastéis; ou assistindo à Dança do Dragão, em frente a um templo taoísta.”

“É o único lugar da China onde a cultura chinesa e a portuguesa realmente se entrelaçam.”

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Travel.

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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