O que é capacitismo?
Capacitismo é o preconceito direcionado às pessoas com deficiência. Trata-se da ideia de que elas são menos capazes, menos produtivas ou dependentes, quando comparadas ao que a sociedade considera “normal”.
Mais do que uma simples falta de acessibilidade física, o capacitismo está presente em falas, atitudes e estruturas sociais que reforçam exclusões. E o pior: muitas dessas ações são vistas como naturais ou até bem-intencionadas.
Exemplos de atitudes capacitistas que passam despercebidas
Confira situações comuns que revelam esse tipo de preconceito no cotidiano:
Tratar a pessoa com deficiência como herói ou inspiração apenas por existir
Exemplo: dizer que ela é “um exemplo de superação” por sair de casa, estudar ou trabalhar. Isso reduz a pessoa à sua deficiência e transforma a rotina em espetáculo.
Falar com o acompanhante em vez de com a pessoa
Ignorar a presença e autonomia da pessoa com deficiência ao falar com terceiros é desrespeitoso.
Presumir limitações sem perguntar
Assumir que a pessoa “não consegue” ou “precisa de ajuda” sem ao menos questioná-la nega sua autonomia.
Infantilizar ou usar diminutivos
Frases como “que bonitinho”, “guerreirinho” ou tratar um adulto com deficiência como uma criança reforçam a ideia de inferioridade.
“Nossa, nem parece que você tem deficiência!” –
A intenção pode ser elogiar, mas essa frase invalida a vivência da pessoa e reforça padrões de normalidade.
Por que precisamos falar sobre isso?
Segundo o IBGE, mais de 18 milhões de pessoas no Brasil têm algum tipo de deficiência. Ainda assim, o senso comum e a falta de informação mantêm esse grupo social à margem — seja no trabalho, na escola, na mobilidade ou no lazer.
O capacitismo naturalizado atrasa o avanço da inclusão. Combater esse preconceito é papel de toda a sociedade.
Como mudar essas atitudes?
- Escute as pessoas com deficiência. Não presuma. Pergunte.
- Adote uma comunicação respeitosa e direta. Fale com a pessoa, não com o acompanhante.
- Reveja suas expressões. Evite termos como “coitadinho”, “portador” ou “especial”.
- Inclua de verdade. Rampas, intérpretes de Libras, legendas e flexibilidade não são privilégios, são direitos.
Incluir não é apenas garantir acessibilidade física. É reconhecer que todas as pessoas têm o direito de existir plenamente, com dignidade, respeito e voz.
Combater o capacitismo começa nas pequenas atitudes. E é nessas escolhas diárias que construímos uma sociedade mais justa e inclusiva.
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