Ex-ministro da Defesa está preso desde o ano passado por suspeita de interferência na investigação da tentativa de golpe de Estado
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, nesta terça-feira (20/5), a manutenção da prisão do general Walter Braga Netto. Ele está preso desde 14 de dezembro por suspeita de interferência na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. O militar também é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação no esquema criminoso.
Para a PGR, conceder liberdade a Braga Netto pode colocar em risco o trâmite da investigação da trama golpista. O parecer foi encaminhado ao STF. “No presente caso, a gravidade concreta dos delitos, a lesividade das condutas e os perigos de reiteração delitiva e de obstáculo à instrução criminal são motivos suficientes a evidenciar a contemporaneidade e justificar a manutenção da custódia cautelar, nos termos da legislação processual penal e da jurisprudência da Suprema Corte”, disse o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
“Não obstante, o oferecimento de denúncia não afasta automaticamente o perigo de interferência indevida na instrução criminal, que sequer foi iniciada e cujo curso regular deve ser resguardado até a sua conclusão, notadamente para o correto entendimento da extensão das condutas dos envolvidos”, completou a Procuradoria-Geral da República.
Walter Braga Netto é acusado de ser o financiador do plano golpista. O tenente-coronel Mauro Cid denunciou que o general e o ex-secretário de Comunicação do ex-presidente Jair Bolsonaro Fabio Wajngarten e tentaram obter informações sobre o conteúdo de seus primeiros depoimentos à Polícia Federal.
A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder mesmo após sua derrota eleitoral em 2022. O trama também previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do próprio ministro do STF. Além de planejar deslegitimar o processo eleitoral, o grupo é acusado de financiar atos antidemocráticos que culminaram nos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Na delação premiada, Cid indicou que o dinheiro para o plano de matar as autoridades foi entregue em uma sacola de vinho pelo ex-ministro Walter Braga Netto. O montante teria sido entregue aos chamados “Kids Pretos”, das forças especiais do Exército. Eles seriam os responsáveis por executar o plano.
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