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Suspensão de tarifas não retira incertezas no cenário econômico, avalia Mello

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Secretário de Política Econômica (SPE) também avalia que ainda é cedo para projeções de impacto sobre casos de gripe aviária no país

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda avalia que, mesmo com o adiamento da implementação das tarifas de importação mais elevadas pelos Estados Unidos, as incertezas no cenário internacional persistem. Nesta segunda-feira (19/5), a equipe divulgou uma projeção que eleva para 5% a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025, segundo a edição de maio do Boletim Macrofiscal.

Para o secretário Guilherme Mello, um desses reflexos desse cenário é o enfraquecimento do dólar e alta dos rendimentos dos títulos norte-americanos. “Mesmo que nós tenhamos visto nas últimas semanas uma suspensão temporária das alíquotas de exportação, essa mudança de postura do governo norte-americano reduz o risco de uma escalada da guerra comercial”, considerou o secretário, em entrevista coletiva.

Apesar da projeção maior para a inflação, a equipe avalia que há uma relativa estabilidade nas últimas projeções, e que o governo trabalha com um crescimento econômico de 2,5%, como afirmou recentemente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em diferentes ocasiões. Além disso, o secretário de Política Econômica acredita que a queda recente do dólar pode reduzir as pressões inflacionárias ao longo do ano. 

“O Brasil tem uma diversidade muito grande de mercados consumidores. Então, por todos esses fatores e pelo fato que neste momento de desvalorização do dólar, o Brasil tem um nível de carry trade maior que os seus pares, o que também faz o Brasil um potencial receptor de investimentos, o que ajuda na estabilidade cambial e inflacionária”, acrescentou Mello.

Mesmo assim, o chefe da SPE acredita que os impactos das tarifas na economia brasileira devem ser sentidos somente após a metade do próximo ano, mas disse não ter clareza sobre o tamanho desse impacto. Um dos fatores que podem pesar um pouco mais nessa balança são as taxas de juros ainda elevadas no país, que devem causar uma desaceleração maior na atividade econômica no segundo semestre, na avaliação da secretaria. 

“Acreditamos que a política está em um campo bastante restritivo e isso tem impactado a nossa projeção para o segundo semestre do ano. A gente espera um crescimento forte nesse primeiro semestre, muito por conta dos efeitos da supersafra. Isso indica que a economia vai ter uma desaceleração na segunda metade do ano por conta da política monetária”, avaliou. 

Mello evita comentar sobre os efeitos que o aumento de casos de gripe aviária deve causar na economia do país ainda este ano. O secretário diz que ainda é cedo para trazer projeções sobre o assunto. “Eu gostaria de ter um pouco mais de tempo para ter mais informações, para então começar a trazer para o nosso cenário macro”, completou.

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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