Zoo orienta agentes públicos sobre resgate de animal silvestre em incêndio florestal
É a primeira vez que o grupo tem aulas com a equipe do zoo. A intenção é que os servidores públicos ligados ao tema aprendam o que fazer caso encontrem um bicho ferido ou sem condições de fugir do fogo.
Na terça-feira, foi a vez de os integrantes aprenderem a lidar com répteis, principalmente cobras. “Mostramos que o comportamento desses bichos muitas vezes é diferente daquilo que a gente aprendeu a achar durante a vida”, explica o diretor de Répteis, Anfíbios e Artrópodes da fundação, Alberto Gomes de Brito.
Ele explicou à turma características de animais peçonhentos e como atuar, caso a cobra seja venenosa ou não. Além disso, deu dicas sobre os materiais a usar e os principais cuidados ao ter contato com o resgatado.
“Se houver necessidade, é importante que eles saibam fazer a contenção e a captura sem risco para a pessoa ou para o bicho”Alberto Gomes de Brito, diretor de Répteis, Anfíbios e Artrópodes do zoo
De acordo com o diretor, muitas vezes o animal até consegue continuar no lugar, mas é preciso observar. “Se houver necessidade, é importante que eles saibam fazer a contenção e a captura sem risco para a pessoa ou para o bicho.”
As aulas foram divididas em práticas e teóricas, com dias específicos para mamíferos, répteis e aves. No encerramento da atividade, eles também aprenderão sobre primeiros socorros para animais em situação de risco. Esse encontro será no hospital veterinário da fundação.
De acordo com Carolina Leite Schubant, assessora técnica da Secretaria do Meio Ambiente, pasta coordenadora do plano, é comum, em incêndios florestais, encontrar animais que precisam de ajuda — especialmente cobras. Por isso, a iniciativa é tão importante, na visão dela.
“Estamos capacitando os profissionais que atuam diretamente com o combate a incêndios florestais”, detalha. “A ideia é tirar o bicho da zona de perigo e chamar o resgaste.” Integrante do grupo executivo do plano, o zoológico também é acionado para atuar em resgates.
O Plano de Prevenção de Combate a Incêndios Florestais
O plano funciona como um sistema de parcerias institucionais, com mais de 20 órgãos envolvidos para a proteção do Cerrado. A estratégia é a cooperação mútua para otimizar a aplicação dos recursos humanos e materiais disponíveis.
“A ideia é tirar o bicho da zona de perigo e chamar o resgaste”Carolina Leite Schubant, assessora técnica da Secretaria do Meio Ambiente
A concepção do programa foi reformulada pelo Decreto nº 37.594, de agosto de 2016. O principal objetivo é reduzir a ocorrência de incêndios florestais, em número e extensão, como ação permanente de governo.
A preparação dos profissionais que trabalham na contenção das queimadas começa em março, com cursos, blitze preventivas e campanhas educativas.
Além disso, são feitas oficinas para a população sobre confecção de abafador e de aceiros mecânicos e negros nas áreas de preservação. A época de combate vai de julho a novembro.
Participaram do curso órgãos como:
- Secretaria do Meio Ambiente
- Polícia Militar Ambiental
- Instituto Brasília Ambiental (Ibram)
- Jardim Botânico de Brasília
- Corpo de Bombeiros Militar do DF
- Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF)
- Floresta Nacional de Brasília
- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
- Polícia Rodoviária Federal
- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)