A manifestação está marcada para hoje, 20, no salão verde da Câmara dos Deputados; ‘são 500 dias de injustiça e de dignidade de Lula’
Em razão dos 500 dias de prisão do presidente Lula, os partidos de oposição do governo de Bolsonaro e os parlamentares do Partido dos Trabalhadores farão um ato no salão verde da Câmara dos Deputados, hoje, 20, para protestar contra a prisão que é considerada por diversos juristas e políticos como ilegal.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS), em entrevista exclusiva do Jornal TaguaCei, disse que o momento é de lutar pela liberdade de Lula em todos os cenários, sejam eles políticos, jurídicos e sociais.
“O que eles querem é entregar o nosso pré-sal, nossa Amazônia, nossa soberania, esse golpe é um golpe que envolve um consórcio de interesses. E só foi bem sucedido porque teve um braço do poder Judiciário, do Legislativo, do grande empresariado e nos temos um braço fundamental que foi a mídia – mídia é quem amarra tudo isso”, lembra Pimenta.
O deputado explica que são 500 dias de “injustiça”, mas também de provação da “dignidade de Lula” que até o momento “não abaixou a cabeça e tem a consciência exata de que é inocente”.
Golpe
A ideia de perseguição a Lula ainda é defendida pelo PT, conforme ressalta o próprio Paulo Pimenta. Em sua entrevista, ele destaca que a perseguição sofrida sobre o ex-presidente é reflexo de um complô armando entre o poder judiciário e grande mídia.
Para Pimenta isso precisa ser revertido por meio do fortalecimento da mídia alternativa que ainda não estaria corrompida. Pois, segundo ele a grande mídia estaria destorcendo as informações para criar um clima de anti-Lula. “Temos que criar o nosso espaço, a nossa alternativa da comunicação, nós temos que fortalecer as redes alternativas, os blogs, os sites, para que a população possa compreender que ela pode ter informação sem ter que recorrer à grande mídia.”
Governo Bolsonaro
De acordo com Pimenta, as medidas tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro compromete seriamente seu mandato. O que, segundo o deputado, poderia resultar em “crime de responsabilidade” e não “crime de decoro”.
“Não é só o problema de que esse cara [Jair Bolsonaro] envergonha o Brasil. Ele está destruindo o Brasil, o nosso legado, a nossa soberania, as nossas conquistas. Há um processo de corrosão da economia”, diz o deputado.
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