Após perder bebê, mãe acusa hospital público do DF de negligência
A família de uma jovem de 19 anos acusa a equipe médica do Hospital Regional de Samambaia de omissão, negligência e violência obstétrica. O marido da mulher denunciou a unidade hospitalar à Polícia Civil após a morte do bebê durante o parto. De acordo com o pai da criança, a companheira esteve em trabalho de parto por mais de um dia antes da tragédia, ocorrida nessa terça-feira (18/9).
A jovem, identificada como Lorrane, começou a sentir dores há cerca de um mês. À época, ela recorreu a um hospital público, para atendimento médico. Porém, as dores continuaram. Na semana passada, Lorrane foi à unidade novamente, devido a contrações e dores nas costas. Entretanto, conforme a denúncia, a equipe médica não quis interná-la, sob o argumento de que somente poderia realizar esse procedimento a partir da 41ª semana de gestação.
Na segunda (17), Lorrane recorreu a hospital em Santo Antônio do Descoberto (GO), Entorno do DF. No mesmo dia, a unidade a encaminhou de volta para Samambaia com indicação de cesariana. Na terça (18), por volta das 17h30 – mais de 24 horas após a internação –, a equipe médica submeteu a jovem a parto normal. O bebê morreu logo em seguida. De acordo com a família, a tragédia ocorreu em razão de procedimentos inapropriados.
Em nota, a Secretaria de Saúde do DF “lamentou profundamente o ocorrido” e informou que, na segunda-feira, a paciente entrou em trabalho de parto. “Porém, o bebê entrou em sofrimento durante o período expulsivo”. Na sequência, conforme comunicado da pasta, a equipe médica iniciou a reanimação neonatal imediata. “No entanto, infelizmente, não houve resposta positiva do bebê”, diz trecho do texto.
Ainda de acordo com a SES-DF, Lorrane segue internada no Hospital Regional de Samambaia, onde recebe os cuidados pós-parto. “A pedido da família, que foi orientada a fazer a autópsia, o corpo será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para investigar a causa do óbito”, acrescentou.
A 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) investiga o caso.
Fonte: Metrópoles