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‘Quem manda do Banco Central do Brasil é a Faria Lima’, diz ex-governador do DF, Agnelo Queiroz, ao criticar a elevação da taxa Selic que teve aumento de 0,25%

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Em entrevista ao canal de notícias Fórum TV, que é divulgado no YouTube, o ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que, por unanimidade, aumentou a taxa Selic – os juros básicos da economia – em 0,25 ponto percentual, colocando a taxa em 10,75% ao ano.

Para o ex-governador do DF, a decisão do Copom é bastante didática é mostra a dificuldade que um governo de esquerda, como o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem de enfrentar o sistema financeiro do país, que segundo ele, é quem de fato “manda de verdade” no país.

“Esse aumento dos juros é a maior demonstração prática de que quem manda no Banco Central do Brasil é a Faria Lima, porque ele contraria todos os outros indicadores, não temos os deflação, não tivemos inflação ou sequer pressão inflacionária, a renda aumentou, o emprego aumentou e as nossas reservas externas também aumentaram, e qual é a explicação para você ter um aumento dos juros, se não for apenas para garantir mais dinheiro para os rentistas no Brasil? Ano passado nós pagamos mais de 700 bilhões em juros e dividendos para os rentistas por conta justamente dessa taxa de juros astronômica”, ressaltou Agnelo.

O ex-governador lembrou ainda que além de ser uma afronta direta contra o governo do presidente Lula, é também um descalabro com a economia brasileira, já que o país, agora, passa a ter uma das taxas de juros mais altas do mundo. “É a maior [taxa de juros] do mundo, porque a maior é da Rússia que está em guerra, ou seja, nós estamos em guerra também? A guerra é do povo pobre do Brasil contra a essa elite financeira brasileira que é um negócio tão acintoso, é a empresa coorporativa que tem seus empregados para defender o interesse dos patrões e tem dificuldade para explicar porque o aumento desses juros”, afirma.

Para Agnelo, o aumento dos juros não se justifica, tanto que, ele diz ter procurado nos defensores do mercado, alguma posição que defendesse tal medida e que não encontrou nenhuma opinião salutar que apoiasse a elevação da taxa Selic.

“Fiquei procurando para ler alguma coisa porque que dê sustentação a sse aumento dos juros e não consegui encontrar nada consistente, a não ser aquele lugar comum: ‘está aumentando o consumo e a gente teria que produzir mais e isso pode amanhã 1t1er uma pressão inflacionária’. Eles não olham a coisa pelo lado positivo, pois o consumo aumentou, a renda aumentou e, agora, vou aumentar a taxa de juros? Então é um negócio que me deixa muito indignado, porque é uma cinte, é uma provocação ao povo brasileiro que sistema financeiro faz para ter insensibilidade brutal com o nosso povo”, explica.

Em outro momento da entrevista, Agnelo Queiroz comentou sobre as queimadas que tem assolado o país nos últimos meses. O ex-governador falou sobre a situação do Distrito Federal que teve um de suas principais florestas, a Floresta Nacional de Brasília (Flona), devastada por focos de incêndios que, conforme suspeitam as investigações, podem ter sidos causados por ação humana.

“Sem dúvida nenhuma são incêndios criminosos, deliberados, tem gente sendo paga para botar fogo no Brasil. Infelizmente essa é a visão da direita, desse sistema direita do Brasil, ela é inconsequente, ela é bárbara, essa mesma direita que tentou dar um golpe para destruir as instituições no Brasil no dia 8 de janeiro, é a mesma direita, é a mesma direita que tem interesse de desgastar o governo de todas as maneiras, porque não pode desgastar criticando o governo com propostas, não pode desgastar porque o governo atende a maior parte da nossa agenda de dificuldade do nosso povo. Então parte para esse tipo de comportamento”, argumentou Agnelo.

A solução para os problemas das queimadas, segundo o ex-governador do DF, passa não só por políticas públicas, mas também por mais investimento nos órgãos competentes. “Acho que a parte de investigação nossa tinha que estar muito mais atenta. Desde do início da seca precisava ter atenção, ter mais inteligência, usar os instrumentos, porque hoje você não precisa botar um helicóptero para sobreviver a floresta para fiscalizar, tem um drone que pode fazer isso, e por que não usa? Porque sabem que são incêndios criminosos, por isso, tem que fazer monitoramento ordinário nesse período e prender os criminosos que tão deliberadamente colocando fogo”, argumenta o ex-governador do DF.

Confira abaixo a entrevista de Agnelo Queiroz na íntegra.

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