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Diagnóstico precoce faz toda a diferença para a cura do câncer de mama, alerta secretária de Saúde do DF

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No Dia Mundial do Combate ao Câncer de Mama, ocorrido nesta quinta-feira (19/10), o Correio Braziliense promoveu o evento Câncer de mama: uma rede de cuidados, com o objetivo de debater sobre a doença e alertar a população, principalmente as mulheres, sobre a importância do diagnóstico precoce. Entre as autoridades, participaram do seminário a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio; a secretária da Mulher, Giselle Ferreira; e a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania).

Para Lucilene Florêncio, a rede pública de saúde do Distrito Federal tem dado prioridade à agilidade no oferecimento da mamografia, exame de rastreio que ajuda no diagnóstico precoce do câncer de mama. A secretária destacou que, ao todo, o DF tem 11 mamógrafos em funcionamento e a capacidade de realizar de 6 a 8 mil exames por mês. “A fila de espera para o exame, que chegou a ter 14 mil mulheres em janeiro deste ano, hoje, tem apenas 88 aguardando”, revelou. “Em três meses, reduzimos a fila para 3.800 mulheres e, no mês de agosto, chegamos a zerar a fila”, reforçou .

A médica explicou que o diagnóstico precoce faz toda a diferença na expectativa de vida das mulheres. “O DF está pronto para enfrentar o câncer mais frequente nas mulheres”, declarou. “A cada 100 mil mulheres, temos entre 10 e 11 óbitos por ano. É muita coisa. Muitas mortes podem ser evitadas. Precisamos fazer esse enfrentamento”, acrescentou Lucilene (leia infografia na página 14).

“Precisamos olhar para o câncer de mama e o câncer de colo uterino, especialmente, para o câncer de mama, pois é o tumor com a maior incidência também no Distrito Federal”, lembrou Lucilene. “A prevenção, o autoexame e a mamografia como exame de rastreio fazem toda a diferença na vida de uma mulher que é acometida por essa doença”, completou.

A secretária destacou que, hoje, a mamografia é capaz de dar diagnóstico das lesões com menos de dois centímetros. “O Distrito Federal está pronto e preparado, com equipamentos, equipe e serviços. Não podemos ficar passivos, temos que estar sempre informando, pedindo, convidando todas as mulheres para que, se essa doença bater à porta, seja diagnosticada o mais precocemente possível”, alertou.

No Distrito Federal, o tempo de realização da biópsia até o resultado é de 26 dias, enquanto o tempo médio nacional é de 27 dias. “Ainda estamos em busca de reduzir esse tempo, porque, quando se fala em câncer de mama, o tempo é precioso. É precioso o tempo do diagnóstico, da biópsia, de saber o tipo histológico do tumor”, destacou Lucilene.

Conscientização

Presidente do Correio, Guilherme Machado classificou como inconcebível o fato de que, em 2023, ainda tenham mulheres que morram por conta do câncer de mama. “É um tema que tem que ser falado e repetido, porque não é possível que ainda tenhamos mulheres morrendo por causa do câncer de mama, sendo que a chance de cura é de quase 100%, se detectado precocemente”, argumentou.

Machado ressaltou que todas as campanhas feitas pelas mídias, como o Correio, e pelos próprios governos, sobre o Outubro Rosa, têm atingido números importantes no combate ao câncer de mama. “Ambos fazem um trabalho eficiente na tentativa de conscientização das mulheres sobre o risco do câncer de mama, temos que reconhecer isso”, afirmou.

O presidente do Correio ressaltou que é preciso voltar a ter campanhas sólidas para que as mulheres, principalmente as mais vulneráveis, procurem o serviço médico. “O Correio, como sempre, cumpre o seu papel de divulgar e mobilizar a sociedade e o poder público para a importância da prevenção do câncer de mama”, comentou.

Reforço no alto cuidado

A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, ressaltou que a informação salva a vida das mulheres e que, quanto mais se falar sobre isso, mais vidas serão salvas. “Principalmente agora, neste mês de outubro, que estamos focados na pauta da mulher”, disse a secretária.

Ainda de acordo com ela, essas iniciativas também tratam da saúde psicológica. “Porque quanto mais a mulher tiver saúde mental, mais força ela vai ter para superar o tratamento da doença. Quero parabenizar essa campanha, pois, com certeza, vidas serão salvas. As mulheres vão ter coragem de fazer o autoexame e cuidar da própria saúde”, afirmou.

A secretária ressaltou que a pauta da mulher não vive só de violência. “Neste mês, estamos focadas na saúde da mulher e são essas iniciativas, que fazemos em parcerias com entidades e secretarias, que fazem a diferença”, avaliou. “Aqui estamos salvando vidas. É por meio desse debate que as mulheres vão se sentir representadas e terão coragem de procurar ajuda”, acrescentou Giselle.

Por fim, a secretária da Mulher agradeceu pelo espaço que tem sido oferecido para essa pauta e outras pautas voltadas ao público feminino. “Tenho orgulho de ter aqui, na capital do país, um meio de comunicação que é amigo da mulher”, elogiou.

Autoestima

A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) afirmou que, quando se tem um diagnóstico precoce do câncer de mama, 95% dos casos conseguem ser revertidos. “É algo simples e que custa pouco, perante uma situação que temos. Infelizmente, em alguns casos, o desfecho não é o melhor possível”, lamentou. Belmonte colocou o autoexame como fundamental para prevenção. “Mas o que começa tudo isso é nós, mulheres, falarmos: ‘Olhe para você, mostre que você é importante para si’. Muitas mulheres estão tão atarefadas no seu dia a dia, que não se olham”, ponderou a parlamentar.

A distrital ressaltou que existem várias legislações a respeito do acesso imediato à reconstrução da mama. “A Câmara Legislativa está 100% junto, para que a gente possa fortalecer o Governo do Distrito Federal, a Secretaria de Saúde, mas, principalmente, fortalecer as mulheres”, reforçou.

A deputada distrital comentou que o Legislativo local está contribuindo para que o acesso continue sempre acontecendo. “Se for preciso, estaremos aqui para contribuir com mais mamógrafos e mais estrutura. São políticas públicas que estão juntas, então precisamos ter isso e estamos aqui, com o Poder Legislativo, para auxiliar nessa demanda da secretaria”, comprometeu-se. “É muito importante que o Estado tenha políticas públicas para atender a mulher, não só previamente, mas na continuidade do tratamento”, alertou.

Com informações do Correio Braziliense

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Jornalista

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