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Alunos de Ceilândia contam em livro como é morar na maior cidade do DF

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O sentimento de pertencer ao local onde mora depende de vários fatores, mas conhecer a origem, o passado e a cultura daquele lugar faz com que as pessoas possam enxergar o espaço e a si mesmos de uma maneira diferente. Engajados por esse sentimento, um grupo de moradores de Ceilândia escreveu um livro sobre a história da maior Região Administrativa do Distrito Federal: Ceilândia, Minha Quebrada é Maior Que o Mundo.

A obra, lançada no início do mês de novembro, conta a história e a cultura de Ceilândia e de alguns dos principais tesouros da cidade como a Caixa D’água, a Casa do Cantador e a Feira Central, através de relatos dos próprios moradores, alunos e professores da cidade que participaram de todo o processo, do enredo à ilustração.

“A obra traz uma história que não está nos livros didáticos e precisa ser contada com urgência. Porque as pessoas que viveram essas histórias estão morrendo e o saber não pode partir junto deles. Então, os jovens é que vão manter essas narrativas a partir de agora”, explica Sandra Rodrigues, professora do Centro Educacional INCRA 09 e uma das participantes do projeto.

Com a participação de cerca de 250 pessoas, entre alunos, professores, membros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e moradores de Ceilândia, o livro acompanha a jovem Aline, uma estudante que precisa fazer um trabalho do colégio sobre o patrimônio cultural de Ceilândia e, ao se ver perdida no que procurar, procurou a ajuda da avó Margarida para passear pela história da região.

O enredo foi baseado em relatos dos alunos de seis instituições da Ceilândia, que, durante cerca de seis meses do ano passado, tiveram aulas teóricas e saídas de campo aos pontos turísticos da cidade para conhecer à fundo a história local. A ideia é fazer com que a população conheça ainda mais a cultura da região e, assim, manter vivas as histórias com o passar das gerações.

“Quando a gente estuda essa história mais a fundo, através do patrimônio, a gente consegue perceber a história de muita luta que acompanha a construção da cidade. Os alunos ficaram impressionados quando descobriram que o nome da cidade vem de Centro de Erradicação dos Invasores (CEI), por causa dos trabalhadores que foram retirados da margem do Plano Piloto”, aponta.

“Muita gente da própria Ceilândia não sabe essa história, porque em sala de aula quase não se fala das regiões administrativas separadas, mas sim da construção de Brasília. Então, tratar isso é muito importante para a questão do pertencimento, para identificação desse aluno com aquela cidade, com aquela história e, dessa forma, quando se passa a enxergar a cidade de outra forma, você também muda a forma como se enxerga”, complementa a professora.

Um dos alunos das seis instituições de ensino da cidade que mergulharam no projeto durante um período de seis meses, Jean Gabriel Gamas vivenciou algo parecido com o enredo do livro: aproveitou o trabalho do projeto para conversar com os avós, Maria Clara Gamas e José Bezerra Gamas, para se aprofundar ainda mais na história de Ceilândia.

“Eu moro há seis anos em Ceilândia, mas meus avós moram aqui há muito tempo e eu passei minha infância praticamente toda aqui. Então, eu fiz algumas perguntas para eles, principalmente, para saber da região onde a gente mora (INCRA 9), como era quando eles chegaram, como era antes”, revela Jean.

O estudante afirma que o livro é uma forma de apresentar a Ceilândia para as demais RA’s e assim afastar as ideias preconceituosas que alguns têm da cidade. “Para os moradores daqui, vai ser um orgulho ler sobre o que é de fato a cidade. Assim como eu, muitas pessoas não conheciam a verdadeira história da região e o que ela representa. É importante diminuir esses preconceitos, de que só tem criminalidade”, opina.

Para ele, participar de projeto fortaleceu seu sentimento de pertencimento à cidade: “Hoje em dia, conheço realmente como é a Ceilândia, antigamente tinha os pensamento que muita gente tem, que era só criminalidade, que morar aqui é perigoso e, hoje, vejo que não é desse jeito. Tinham lugares, como a Praça do Cidadão, que eu nem conhecia e tem projetos incríveis, fora a diversidade cultural de Ceilândia”.

Patrimônio para Jovens

Ceilândia, Minha Quebrada É Maior Que o Mundo é o segundo livro lançado pelo projeto Patrimônio para Jovens, iniciativa realizada através da parceria entre o Iphan e a Secretária de Educação do DF, que visa, através da cultura e da educação patrimonial, conscientizar estudantes a preservarem o patrimônio histórico da cidade.

“A ideia é lançar uma coleção contando as histórias de todas as Regiões Administrativas do DF, demonstrando a importância da preservação do patrimônio cultural das cidades e incentivar os jovens a preservarem essas patrimônios”, explica Saulo Diniz, superintendente do Iphan no DF.

De acordo com o superintendente, a ideia é fazer uma coleção contando a história de todas as Regiões Administrativas do DF – o primeiro livro abordou o Plano Piloto e a relação com Athos Bulcão. Ao todo foram impressos 5 mil exemplares de Ceilândia, Minha Quebrada É Maior Que o Mundo, que serão distribuídos nas bibliotecas e escolas públicas do Distrito Federal.

Além disso, o livro está disponível na íntegra de forma on-line – leia aqui.

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Jornalista

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