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Que tal aproveitar o feriado para ‘uma limpa’ nos armários? Psicóloga explica importância de praticar o desapego

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Roupas e objetos que não são mais usados podem ser aproveitados por quem precisa. Veja como o gesto de doar pode inspirar famílias inteiras.

Roupas penduradas em cabide, em imagem de arquivo — Foto: Pixababy/Divulgação

Roupas penduradas em cabide, em imagem de arquivo — Foto: Pixababy/Divulgação

 

A famosa faxina do começo do ano, para muitas pessoas, ainda não começou. O feriado de carnaval está quase no fim, mas ainda dá tempo de abrir os armários e se desfazer daquilo que não é mais usado.

Além de aliviar a bagunça acumulada, fazer “uma limpa” pode ser uma forma de doar roupas, sapatos e objetos para quem de fato precisa e fará melhor uso de algo que, antes, estava só acumulando poeira.

Para alguns, porém, este pode ser um passo difícil. A psicóloga comportamental Daniela Braz explica que a relação das pessoas com as coisas vai além da necessidade física, podendo aquele objeto ter uma representatividade em suas vidas. Isso pode justificar a dificuldade para alguns em desapegar-se de determinados bens.

“O motivo específico é muito particular a cada pessoa, mas se o desapego gerar reações desproporcionais, como elevado nível de ansiedade, raiva, tristeza e outras emoções, podemos dizer que o caso necessita de uma avaliação profissional”, explica Daniela.

Segundo a psicóloga, comprar roupas, por exemplo, pode representar uma conquista para uma mulher que há muito tempo luta por um bom emprego. Ao mesmo tempo, pode representar uma tentativa de compensação após um vazio deixado por uma vivência de luto.

“Ao se entender a relação com o objeto, é possível aumentar o controle sobre a ansiedade, elevar a autoestima e enfrentar as emoções sem a necessidade do objeto para se sentir confortável ao ponto de fugir da situação-problema”, diz a psicóloga.

Daniela explica que, do ponto de vista psicológico, o desapego passa a ser, em muitos casos, o enfrentamento a uma situação aversiva ou que gera ansiedade. Consequentemente, o simples ato de esvaziar e reavaliar o guarda-roupa pode auxiliar a pessoa a entender os próprios sentimentos e comportamentos.

Inspiração

 

Simone Mamede, de 49 anos, tem o hábito de doar roupas e sapatos sempre que pode. Quando os filhos eram pequenos, também os ensinava a doar seus brinquedos para que outras crianças pudessem brincar.

O costume de não se apegar a objetos materiais, ela conta, começou a partir de uma lembrança de infância. “Minha mãe, diarista, ganhava pouco e tinha que sustentar sete pessoas. A gente passava necessidade e recebíamos doações de roupa, de alimento, brinquedos e material escolar. Eu lembro que quando eu era criança e chegavam os brinquedos, nossa, era uma alegria só” , diz a servidora pública.

Eu lembro também do sorriso da minha mãe ao ver a gente brincando, feliz com aquele pouco que ela tinha conseguido”, conta Simone.

 

Para a servidora pública, doar é um gesto que, além de engrandecer a alma, alimenta um ciclo de bondade. “Isso me motivou muito também a fazer essas doações hoje aqui com minha família, a gente sempre está ajudando as pessoas. Todo tipo de ajuda tem um significado muito importante na vida das pessoas que precisam naquele momento”, diz.

‘Desapega DF’

 

No Distrito Federal, desde quinta-feira (16), ocorre a 2ª edição do projeto Desapega DF, uma parceria entre a Secretaria Executiva de Qualidade de Vida da Secretaria de Fazenda (Sequali/Sefaz) e a Federação Espírita do Distrito Federal (FEDF).

O objetivo é reunir sapatos, roupas, acessórios e itens para casa – como objetos de decoração, móveis e itens para cama, mesa e banho em boas condições – para um bazar cuja arrecadação será voltada para atender a população em situação de vulnerabilidade.

Veja onde ficam os pontos de coleta:

  • No Palácio do Buriti
  • No Anexo do Palácio do Buriti
  • A Federação Espírita, localizada no Sudoeste, recebe doações em caráter permanente, de segunda-feira a sábado, das 9h às 16h.

 

Os recursos do bazar serão destinados para aquisição de cestas básicas e produtos de higiene e, posteriormente, para benfeitorias em instituições da sociedade civil organizada.

Fonte: G1

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Jornalista

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