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Brasília completa 61 anos com só 12% da população vacinada contra covid

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Vacinação contra a covid no Parque da Cidade, em BrasíliaSérgio Lima/Poder360 – 3.abr.2021

Na véspera (20.abr.2021) do aniversário de 61 anos de Brasília, a bancária aposentada Ana Lúcia, 69 anos, recebeu a 2ª dose da vacina contra a covid. “Foi bem antes do que eu esperava”, afirma. “Com a pouca vacina que estamos tendo, eu pensei que eu ia [ser vacinada] lá para julho”, diz.

Ana Lúcia faz parte das 175.184 pessoas no Distrito Federal que já receberam as duas doses de vacinas contra a covid até as 21h de 3ª feira (20.abr.2021), segundo a plataforma coronavirusbra1 –que compila dados das secretarias estaduais de Saúde.

O Distrito Federal é a unidade da Federação com a maior renda per capita do Brasil. Por abrigar a capital do Brasil, receberá neste ano R$ 16 bilhões a mais do que é repassado constitucionalmente a Estados e municípios. Apesar disso, é apenas a 16ª no percentual de pessoas vacinadas com a 1º dose (12%). É também a 5ª unidade da Federação com mais vítimas de covid por milhão de habitantes.

Ana Lúcia recebeu a 1ª dose da vacina CoronaVac em 24 de março. Diz que desde a data contava os dias para receber a 2ª dose –o intervalo entre doses usado no Brasil para a CoronaVac é de 2 a 4 semanas. “Eu fui toda feliz, toda arrumada, não só pela minha idade, mas porque eu sou de alto risco [da covid] porque só tenho um rim”, diz.

Projeção em 7 de abril na cúpula do Museu da República, em Brasília | Sérgio Lima/Poder360 7.abr.2021O governo de Brasília aplicou a 1ª dose da vacina em 370.929 pessoas até as 21h de 3ª feira (20.abr.2021). Em números absolutos, 18 Estados já vacinaram mais pessoas.

Os que receberam a 2ª dose, como Ana Lúcia, são 5,7% dos habitantes. É o 3º maior percentual de população completamente vacinada. Só perde para São Paulo e Mato Grosso do Sul. Em números totais, no entanto, 15 Estados já aplicaram mais segundas doses. “Espero que as pessoas que ainda não foram tomar a 2ª dose, vão tomar”, diz a aposentava.

A vacinação em Brasília começou em 19 de janeiro de 2021. O epidemiologista e professor do departamento de saúde coletiva da UnB (Universidade de Brasília) Mauro Sanchez afirma que o ritmo de vacinação do governo de Brasília é lento. “Mas esse ritmo lento não é uma surpresa, até por que se compara ao ritmo que as outras UFs tem apresentado”, diz.

Segundo ele, a lentidão para vacinar é consequência da falta do envio de imunizantes pelo governo federal. “Já que os governos não compraram diretamente dos laboratórios, a negociação foi toda feita pelo nível central”, diz. Isso cria dependência do governo federal. “A maior dificuldade é a disponibilidade de vacinas. Não é a logística”.

O governo de Ibaneis Rocha (MDB) é responsável por 1,4% dos vacinados com ao menos a 1ª dose no Brasil. Até as 21h de 20 de abril, o país havia aplicado a 1ª dose em 27,2 milhões de pessoas. São 12,7% da população brasileira.

Vacinação contra a covid-19 no Parque da Cidade, em BrasíliaSérgio Lima/Poder360 – 3.abr.2021

Sanchez diz que há duas principais preocupações devido ao ritmo de vacinação. A 1ª é o prolongamento da alta circulação do vírus. “Isso possibilita o surgimento de mutações”, afirma sobre as variantes do coronavírus.

Eventualmente uma dessas mutações pode ser bem adaptada e agressiva, o que pode comprometer a eficácia  das vacinas que estão sendo usadas hoje”, diz.

A outra preocupação é a sobrecarga do sistema de Saúde. “[Se] não aumentar a cobertura vacinal continua-se observando um número grande de casos“, diz o epidemiologista. “Uma fração desses casos vai apresentar um quadro mais grave o que vai necessitar uma estrutura mais bem equipada“, afirma, citando os leitos de UTIs. “Você prolonga uma situação de pressão sobre o sistema de saúde”.

Idosa recebe dose da CoronaVac em vacinação por drive-thru no Parque da Cidade, em BrasiliaSérgio Lima/Poder360 – 11.mar.2021

O Distrito Federal tem 3.091.667 habitantes. É a 8 menor população, de acordo com as projeções para 2021 de cada unidade da Federação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

São necessárias 6,8 milhões de doses para imunizar toda a população do Distrito Federal. São necessárias duas doses das vacinas usadas no momento por pessoa e o governo de Ibaneis reserva 10% das doses para repor eventuais perdas.

Ministério da Saúde estima que há no Distrito Federal 975.387 pessoas do grupo prioritário para ser vacinados contra a covid. O governo de Brasília precisa de 2,2 milhões de doses para imunizar todo o grupo.

A meta inicial do governo Bolsonaro era vacinar todo o grupo prioritário até junho de 2021. Contudo, o epidemiologista Mauro Sanchez diz ser improvável que isso vire realidade.

Até o meio do ano eu não acredito que todo o grupo prioritário seja vacinado. Em menos de 2 meses e meio eu acho improvável. Eu espero que eu esteja errado”, diz. No Distrito Federal, seriam necessários vacinar com as duas doses 800.203 em 71 dias.

Ana Lúcia é uma das 42.178 pessoas de 65 a 69 vacinadas no Distrito Federal a ter recebido ao menos a 1ª dose. Até 18 de abril de 2021, 48% do grupo já foi vacinado. O dado é do informe epidemiológico divulgado em 20 de abril pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Eis a íntegra (403 KB).

O epidemiologista Mauro Sanchez diz nesse momento ser possível sentir os efeitos da vacinação só nas faixas etárias mais, que foram as primeiras a serem vacinadas. “Já se tem uma diminuição das internações nas faixas etárias acima de 79 anos”, afirma.

Ele explica ser necessário manter as medidas de prevenção à covid enquanto isso. “O distanciamento social, evitar aglomerações, usar a máscara corretamente, bem ajustada ao rosto, sem deixar espaço, e higienização das mãos”, exemplifica.

Até esta 4ª feira (21.abr.2021), já estavam sendo vacinados idosos a partir de 64 anos, idosos e deficientes institucionalizados (em instituições de longa permanência, como asilos), profissionais de saúde e profissionais de segurança.

A psicóloga Marina Taglialegna, 27 anos, é uma das profissionais de saúde que foi vacinada em Brasília. “Eu atendo crianças pequenas, o que estava sendo bem complicado de atender on-line, então foi um alívio de poder voltar a atender algumas pessoas na clínica”, diz.

Ela recebeu a 1ª dose da CoronaVac em 27 de março de 2021. Irá tomar a 2ª nesta 4ª feira (21.abr), aniversário de Brasília. “A parte complicada de ser vacinada foi a fila que eu peguei, foi bastante desorganizado”, afirma.

Marina recebeu a 1ª dose no drive-thru do shopping Iguatemi, no Lago Norte. Ela havia agendado a aplicação para as 13h de um sábado. Chegou meio-dia para evitar filas. Mas só conseguiu se vacinar às 19h30. Foram 7h30 esperando na fila de caros formada entre o shopping e o Varjão.

Fila de carros para a vacinação contra a covid-19 no Parque da Cidade, em BrasíliaSérgio Lima/Poder360 – 3.abr.2021

Achei desorganizado porque tinha idosos na mesma fila que eu, de 78 anos na época, eles não fizeram uma diferenciação de fila”, diz. “Apesar do cansaço, da fome e da vontade de ir no banheiro”, considerou o atendimento bom quando chegou a sua vez de receber a vacina.

A aposentada Ana Lúcia, que se vacinou em um posto em Sobradinho, nos arredores da capital federal, não teve problemas com a fila. Ela esperou o 3º dia de vacinação da sua faixa etária para receber a 1ª dose, em 24 de março. “Eu cheguei já sendo atendida”, diz.

Para tomar a 2ª dose, em 20 de abril, teve que esperar 20 minutos. “[Dessa vez] tinha mais gente porque eles estão vacinando uma outra faixa etária, mas tesava organizado, porque quem estava tomando a 1ª dose, estava separado da 2ª. Estava bem organizadinho“, afirma.

O governo de Brasília já recebeu 712.310 doses do ministério até as 20 de abril, segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. É 33,2% do que precisa para os grupos prioritários e 10,5% do necessário para imunizar toda a população.

Vacina de Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 em ponto de imunização no Parque da Cidade, em BrasíliaSérgio Lima/Poder360 – 3.abr.2021

As vacinas recebidas são a Coronavac (536.560) e a AstraZeneca/Oxford (175.750). Ambas precisam de duas doses.

A cada 10 doses recebidas, 3 ainda não foram usadas. Ao todo, Brasília aplicou 526.946 doses até as 13h de 20 de abril. São 74% das doses recebidas (712.310).

Um levantamento do Poder360, com dados até 15 de abril, mostra que o governo de Brasília demora, em média, 14,1 dias para aplicar as doses entregues pelo ministério. Só Bahia, Mato Grosso do Sul e Sergipe tem médias menores.

MALU MÕES

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Jornalista

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