Adirson Vasconcelos, o jornalista que cobriu a primeira missa em Brasília: ‘Eu vim aqui para ser repórter’
Conheça a história do jornalista e historiador que tem uma vida dedica ao estudo de Brasília; com mais de 60 livros publicados, Adirson mantém viva em suas memórias a epopeia que foi construir a nova capital da República
Quando o Brasil foi descoberto, em 1500, estava entre os tripulantes das caravelas que acompanhavam Pedro Alvares Cabral em sua busca pelas Índias, o contabilista Pero Vaz de Caminha, que, como sabemos, não se notabilizou por ser o responsável pela contabilidade da expedição, mas, sim, por ter escrito a carta de apresentação da descoberta do novo país, que é propagada até os dias de hoje, como a Carta de Pero Vaz de Caminha. Nela, Caminha descreve as duas missas que ocorreram em solo brasileiro e, como ele permaneceu durante dez dias na nova terra, foi possível também relatar os aspectos naturais da região e descrever com precisão a fisionomia e os costumes dos índios.
Assim como Caminha, que é referência para quem hoje ainda quer saber mais sobre a chegada do homem europeu em solo gentílico, o jornalista e historiador, Adirson Vasconcelos, na experiência de seus 86 anos, pode ser, certamente, comparado com o português, uma vez que Vasconcelos também foi testemunha ocular da celebração da primeira missa rezada, em 3 de maio de 1957, para ser o marco da inauguração do local onde viria a ser a nova capital da República.
Por mais de seis horas, nossa reportagem pôde conversar com aquele que pode ter sido o primeiro jornalista de Brasília. Com mais de 60 livros publicados – a maioria sobre a história de Brasília e do Distrito Federal –, Adirson Vasconcelos acompanhou todos os momentos da construção da nova capital. Ele viu sua gestação ainda no Núcleo Provisório; acompanhou seu parto, quando, em 21 de abril 1960, inaugurou-se a capital; e constatou o crescimento da cidade como um pai que presencia o desenvolvimento de um filho.
Diferente de Caminha que não ficou mais do que dez dias no Brasil – a chamada Semana de Vera Cruz –, Adirson Vasconcelos, depois que pisou em solo brasiliense, nunca mais saiu. Ele, assim como outros pioneiros, é a testemunha viva de um sonho que se concretizou não por ter sido apenas sonhado, mas também por ter sido vivenciado por todos que vieram ao Planalto Central fazer de Brasília a “capital da esperança”.
De seminarista a repórter
Nascido em 16 de julho de 1936 – dia de Nossa Senhora do Carmo, no calendário da Igreja católica – Adirson Vasconcelos é natural do município de Santana do Acaraú (CE). Filho de João Adeodato de Vasconcelos e de Maria Idelsé de Araújo Vasconcelos, ele foi criado sem a presença da mãe, que faleceu durante o parto da sua irmã meses depois que ele tinha nascido. Toda sua instrução durante a infância foi feita pelo pai, por sua madrasta e por uma avó.
“Meu pai era um homem muito sensível, e me amparou muito quando criança. Colocou-me para estudar, me matriculou nas atividades da Igreja, e me dava muitas aulas de sabedoria. Por exemplo, ele me ensinava como eu deveria conversar com as pessoas no balcão. Porque têm pessoas que chegam no balcão, às vezes, aborrecidas. já têm outras pessoas que chegam agradáveis. Então, meu pai dizia assim: ‘filho, se no balcão uma pessoa disser esse produto está caro, você responde para ele: olha, o senhor me desculpe, mas é porque está tudo caro’. Então, ele me dava essas aulas de civilidade, de comunicação, de como se relacionar na sociedade”, lembra.
Adirson diz que herdou do pai a característica de ser um amante do conhecimento. Seu pai, que se alfabetizou com 90 dias de aula, chegou a ser promotor, juiz e prefeito de Santana do Acaraú. O jornalista lembra que seu pai aprendeu a ler em jornais que eram utilizados para embrulhar mercadorias vendidas na loja onde ele trabalhava. O senhor João Adeodato, segundo Adirson, foi o primeiro a ter um rádio na cidade e também era conhecido por ter sido padrinho de mais de mil afilhados.
Essa sede pelo conhecimento logo foi percebida pela família que decidiu enviar Adirson para Fortaleza, onde já morava um de seus irmãos mais velho – Ayrton –, para poder fazer os estudos. O primeiro ano ele passou em Fortaleza estudando no Ginásio do Liceu, mas, no segundo ano, foi encaminhado para Recife, onde começou a estudar no Seminário Marista de Apipucos.
“Os padres são muito inteligentes e preparados. Haja vista, que qualquer padre tem duas formações: filosofia e teologia. Eles são sábios, e o próprio ambiente do seminário, onde você vive só para estudar, é ideal. Eu até considero que a minha ida para o seminário foi um privilégio de Deus. Às vezes, eu até penso assim: ‘a minha mãe lá do céu cuidou de mim para essas atividades’”, diz Adirson.
No seminário, Adirson, mesmo se considerando um menino tímido, conseguiu destaque entre os colegas e chegou a presidente do grêmio estudantil, que tinha o nome de Grêmio Literário Marcelino Champagnat. Nesse grêmio, ele foi orientador de um jornalzinho feito em mimeógrafo. Já aí, sem saber, a vida de Adirson começa a ser traçada, pois, essa pouca experiência adquirida no jornal do seminário, mas, com o conselho de seu irmão Ayrton, resolveu tentar uma vaga de trabalho no Jornal do Commércio, que, à época, já era um dos maiores jornais do país.
Ele vestiu seu terno de formatura e foi até à redação do jornal onde se apresentou. “Eu vim aqui para ser repórter”, disse o jovem Adirson, assim que viu os jornalistas que estavam na sala de entrada da redação. A redação, que ficava no centro de Recife, na Rua do Imperador, em frente à biblioteca pública da cidade, foi o primeiro contato de Adirson com a jornalismo profissional.
Hoje, depois de tudo vivido, Adirson recorda que fora “ousado”, e que assim que disse que queria ser repórter, foi levado pelos jornalistas até o redator-chefe. “Lá eu encontrei um homem com uma mesa grande, cheia de papel, cheia de jornal. E, assim como disse aos jornalistas na entrada, afirmei outra vez o redator-chefe, que estava ali para ‘ser repórter’”.
O redator, homem experiente e profundo conhecedor da arte do jornalismo, perguntou a Adirson se ele, que tinha saído recentemente do Seminário – sabia grego, já que, como seminarista, era obrigação estudar latim e grego. “Aí ele me perguntou: ‘vocês já iniciaram os estudos de grego?’ Porque para ser repórter era importante saber português, história e, naquele tempo, o grego era importante porque sufixos e prefixos da língua portuguesa vinham do grego”, explica Adirson.
Como ele já tinha um pouco de conhecimento sobre a língua grega, disse que, sim, e com isso, foi admitido para começar a trabalhar no jornal das 22h às 5h, na seção da revisão, fazendo a edição vespertina. Este período, recorda Vasconcelos, foi uma “escola de jornalismo”. “Lá aprendi que no jornalismo tem que ser, primeiro, verdadeiro. A notícia tem que ser sempre verdadeira, antes de tudo. Você pode ser contra as pessoas, mas você precisa ser verdadeiro. Você, no máximo, o que pode fazer, se você é amigo do acusado, é ouvi-lo, contar a versão dele também”, diz.
“Fica no fim do mundo”
Adirson saiu do seminário antes de entrar na fase de noviciado. Passou então a se dedicar integralmente ao jornalismo. Ainda no Jornal do Commércio, trabalhou na editoria de internacional traduzindo para o português matérias escritas em espanhol. Neste período, ficou sabendo que estava sendo formada uma equipe para fundar um novo jornal em Recife, que viria ser o jornal Correio do Povo, de propriedade do então deputado federal pelo PTB, Edgar Bezerra Leite. “Era um homem genial, um jornalista de primeira, com vivencia nacional”, diz Adirson.
Foi neste jornal, já trabalhando como repórter, na rua, fazendo inclusive viagens pelo estado e fora dele, que Adirson foi escalado para acompanhar a construção da nova capital da República. “O deputado [Edgar Bezerra] apoiava o governo de Juscelino [Kubitschek] e ele viu que o jornal poderia contribuir com o governo falando sobre a construção da nova capital. Então, surgiu a ideia de mandar um jornalista para cobrir a inauguração da pedra fundamental”, conta.
Logo na reunião de pauta que ia decidir sobre a viagem, um jornalista brincou que Adirson estava indo “para o fim do mundo”. Outro jornalista presente, rindo da brincadeira que reinava nas redações, foi além: “não é o fim do mundo, é mais longe ainda”.
E foi para esse “fim de mundo” que Adirson, com uma mala de mão, uma máquina fotográfica (rolleiflex) e um gravador, com 21 anos incompletos, zarpou para o Rio de Janeiro em um voo (num bimotor Douglas DC-3) junto com o deputado Edgar Bezerra.
“Chegando no Rio eu comecei a providenciar a minha viagem para o que seria a nova capital. Aí descobri que tinha um avião que fazia Rio-Goiânia. Fui nele, um pinga-pinga, pois naquele tempo, os aviões faziam transporte dos Correios, e passava nas cidades. Ainda lembro que antes de chegar em Goiânia, passamos em Uberaba, que já era uma cidade conhecida”, conta Adirson.
Já em Goiânia, se hospedou no Hotel Central, e começou a se informar como chegar à região de onde seria a construção da nova capital. A decisão de fazer a cobertura do que até então seria o lançamento da pedra fundamental era tanta, que Adirson lembra que tinha dinheiro até mesmo para alugar um avião, caso não conseguisse transporte até Brasília, que, na ocasião, não tinha esse nome, era chamada de Núcleo Provisório.
Mas não foi preciso. Logo soube que, mesmo em condições precárias, havia uma linha de ônibus que fazia Goiânia a Brasília. “Era uma jardineira, de 16 lugares. Saímos as 5h e chegamos no Núcleo Provisório às 18h. Eu lembro que cheguei com a roupa toda cheia de poeira, o cabelo duro e muito cansado”, diz.
Adirson ainda recorda que na viagem, durante o almoço servido em um restaurante de beira de estrada, encontrou pedaços de chumbo na carne servida aos passageiros, mostrando que o local habitado por pessoas com pouco contato com as grandes cidades, usando ainda a carne de caça como alimento do dia a dia, bem diferente da capital Recife de onde Adirson saia, com suas ruas asfaltadas, suas lojas e centros comerciais opulentos.
O único hotel que tinha no Núcleo Provisório era o Hotel Souza, do ex-prefeito de Rialma (GO), José Carlos Souza, que abdicou do cargo para abrir o primeiro hotel em Brasília. Foi lá que a jardineira parou com Adirson e os outros passageiros. Depois da experiência de um banho frio – o gerador de energia não atendia o banheiro do hotel –, Adirson recorda que chegou pela primeira vez em Brasília no dia 2 de maio de 1957. “Assim que cheguei, ainda no hotel, fiquei sabendo que não seria a inauguração da pedra fundamental, mas, sim, que Juscelino iria fazer o ‘batismo espiritual’ da cidade que ia nascer”, recorda.
Depois de uma noite de sono em um “colchão de capim e um travesseiro feito de penas de aves”, depois de ter jantado e experimentado pequi pela primeira vez, “eu não gostei”, o jovem Adirson acordou no dia 3 de maio pronto para fazer a cobertura daquela que viria a ser a primeira missa do Brasil moderno. Mas antes de ir para o local do evento, onde hoje é a Praça do Cruzeiro, Adirson conta que saiu do hotel para conhecer os arredores.
“Eu saí do hotel, afastei-me um pouco, olhei aquela areia vermelha, e fiquei assim olhando, conhecendo, igual animal. Eu queria ver como era o lugar. Porque durante a viagem era só poeira, então queria ver o lugar onde cheguei. Aí, comecei a olhar, olhei para o céu, um azul com o contrastes das nuvens, lindas nuvens brancas, eu fiquei atônito, parecia que eu nunca visto o céu; olhei aquele descampado, terra longe, o horizonte lá no fim do mundo; aí, eu olhando para céu e quando me virei para o nascente, apareceu aquela bola de fogo, o sol de manhã nascendo, parecia que eu nunca tinha visto o sol porque era como se estivesse num mar: o infinito e aquela bola de fogo”, diz Adirson, como se ainda tivesse nos olhos o brilho do sol daquela manhã de 3 de maio de 1957.
A 1ª missa
Assim como Adirson, o presidente Juscelino Kubitschek também chegou no dia 2 de maio. A missa, que foi rezada pelo cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, e reuniu, segundo a dados da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), cerca de 15 mil pessoas, foi realizada no dia 3 de maio. Neste dia, segundo Adirson, mais de 40 aviões militares, comerciais e particulares aterrissaram em Brasília, com numerosos grupos de convidados, que saíram do Rio de Janeiro, de São Paulo e de outras partes do país.
Hoje, nos anais da história, podemos ver o trecho do discurso de JK em que ele fala sobre o momento: “Brasília, ontem apenas uma esperança e hoje entre todas a mais nova das filhas do Brasil, começa a erguer-se, integrada no espírito cristão, causa, princípio e fundamento da nossa unidade nacional; dia em que Brasília se torna autenticamente brasileira.”
Já, Adirson, enquanto repórter, cobrindo a primeira missa da futura capital da República, assim como fez Pero Vaz de Caminha, em 1500, impressionou-se com o discurso do cardeal Carlos Carmelo, que em sua fala disse: “Brasília é o trampolim para a conquista da Amazônia”. O cardeal, que aterrissou em Brasília no dia da missa, às 10h, segundo Adirson, trouxe uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, que peregrinou por todas as capitais do país antes de desembarcar em Brasília como madrinha da cidade.
“Para realizar a missa fizeram o toldo com caminhões e lonas por causa de chuva, mas não choveu. Aí nós saímos do hotel, e quando chegamos lá, já tinha uma multidão. Ninguém sabe de onde saiu tanta gente. As mulheres vieram de saia comprida, os homens de chapéu e paletó xadrez, as pessoas vieram a cavalo e voltaram no mesmo dia”, rememora Adirson.
Sua missão enquanto repórter era a de tirar fotos e gravar os discursos das autoridades. Sua matéria, lembra Adirson, foi sobre o discurso do cardeal. “Eu tinha as fotografias, tinha a gravação, tinha o discurso do cardeal, aí eu tive a ideia de ir para o aeroporto. Lá, eu consegui uma carona em um voo da FAB, um avião que tinha bancos laterais, era um avião de serviço. Cheguei no Rio de Janeiro ainda à tarde e de lá passei a matéria para o telegrafista que mandou, em código Morse, para o jornal em Recife no mesmo dia”, diz.
A matéria assinada por Adirson Vasconcelos sobre a primeira missa em Brasília foi publicada no jornal Correio do Povo, em Recife, na edição do dia 4 de maio de 1957.
63 anos de amor por Brasília
Assim que Adirson chegou ao Rio de Janeiro depois da cobertura da primeira missa, ele foi até ao apartamento do deputado Edgar Bezerra, onde, segundo ele, nasceu a ideia do jornal passar a ter um correspondente fixo na nova capital. E assim ocorreu. A partir de setembro de 1957, Adirson Vasconcelos decide que irá se mudar para o Núcleo Provisório, onde é hoje a região administrativa de Núcleo Bandeirante, para passar a viver em um quarto do Hotel Souza, trabalhando como o primeiro jornalista a ter residência fixa em Brasília.
Neste primeiro tempo, período em que Adirson viveu no hotel – local onde ele morou até a inauguração de Brasília (depois ele se mudou para um apartamento de um quarto, na 412 Norte) – o jornalista recorda que não havia outros jornalistas instalados em Brasília. Por isso, ele pode ter sido o primeiro jornalista a fixar residência na nova capital, uma vez que a cobertura da missa não foi uma exclusividade, já que dezenas de veículos de comunicação vieram para o evento. “Os jornalistas que chegavam aqui era eu quem os levava para conhecer as obras. Jornalistas do Brasil e de fora do país. Como eu conhecia tudo, eu ia mostrando as obras, os acampamentos, as pessoas”, diz Adirson, que teve a oportunidade de ser guia turístico do sociólogo Gilbert Freyre durante sua passagem pela capital.
Olhando pelo retrovisor da história, pode-se dizer que Adirson Vasconcelos foi um verdadeiro cronista da epopeia que resultou na construção de Brasília. “A Novacap era o QG da construção e lá que tinha as notícias. No começo eu ia lá a pé. Era chuva, sol, muita poeira. Aí, conversando com um, com outro, resolvi comprar um jipe. Mas eu não tive o dinheiro para pagar o jipe, mas, como eu conheci muita gente, consegui comprar”, diz.
Com o jipe, com o faro de repórter, a paixão e a confiança de que o sonho da nova capital seria concretizado, Adirson Vasconcelos, hoje, é muito mais que uma testemunha ocular da história de Brasília. Ele é, sem dúvida, o seu pesquisador mais aguerrido. E tudo isso porque suas pesquisas são históricas, mas também jornalística, uma vez que ele, não só participou da edição nº1 do jornal Correio Braziliense, como também foi seu editor do jornal e ainda participa da Fundação Assis Chateaubriand. Adirson se aposentou no Correio Braziliense, depois de 45 anos de trabalho.
“Em seis meses antes de inaugurar Brasília, o Assis Chateaubriand resolveu colocar um jornal aqui. Ele disse para o Juscelino: ‘se você inaugurar esta Brasília, eu vou inaugurar um jornal no mesmo dia. Isso é um desafio que lhe faço’. O Chateaubriand era amigo do Juscelino, tinha sido seu embaixador em Londres”, ressalta.
Mas antes do Correio Braziliense, diz Adirson, outros jornalistas andaram pelo planalto. Alguns, ele faz questão de destacar, chegaram a montar jornal no Núcleo Provisório, como foi o caso da Tribuna de Brasília (que era feito por jornalistas de viviam em Goiânia), o Diário de Brasília (feio por um cearense chamado Lourival), e um outro jornal, que era feito em papel A4 (de Carlos Rodrigues, produzido pelo redator João Português; era um informativo comercial, e fazia-se também revistas coloridas). “Em maio de 1958 houve a inauguração da Rádio Nacional de Brasília. Tinha a crônica do meio-dia, feita pelo Clemente Luz, um mineiro. Aí o silêncio se acabou. Todo mundo passou a ter um radinho de pilha”, lembra.
Museu
Hoje, pai de sete filhos, Adirson Vasconcelos continua amando Brasília como a amou naquela manhã de 3 de maio de 1957. Aqui, ele construiu sua vida e se solidificou enquanto jornalista e historiador. Agora, a história de seu trabalho, anos e anos de pesquisas, com achados preciosos, como o relatório original da Expedição Cruls, contendo todos os mapas da região onde hoje é Brasília e que foram impressos em Paris, e a coleção original das edições do Correio Braziliense de 1808 a 1822, que foi adquirida em Portugal, farão parte do acervo do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.
“Quero guardar isso para a juventude, então, resolvi doar para o instituto Eles enviaram três caminhões de mudança para transportar todas caixas que eu tinha separado por assunto, tudo catalogada, tudo indexado no computador”, afirma. Adirson lembra que o acervo ainda está sendo montado, mas que seus livros já podem ser consultados na biblioteca do instituto.
Agora, depois de todo caminho percorrido, o jornalista Adirson Vasconcelos pode afirmar: “vivi o TUDO!”
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