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Distrital Gabriel Magno diz que instalação de detectores de metais nas escolas públicas do DF não vai resolver o problema da violência

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O deputado distrital Gabriel Magno (PT) criticou a iniciativa da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) que recentemente anunciou que as escolas públicas passarão a ter detectores de metais e sistema de reconhecimento facial como formas de prevenir atos de violência dentro das unidades.

Para o distrital, que concedeu entrevista ao Correio Braziliense, tal medida não irá solucionar o problema da violência dentro das escolas e que se a iniciativa realmente vir a ser implantada, tornará as escolas em “prisões”.

O deputado ressaltou que a segurança dentro das escolas só será possível se antes houver, por parte do poder público, investimentos em diversas áreas que compõem o ambiente educacional. Ele reconheceu o problema, mas disse não concordar com a solução encontrada pela pasta.  

“O que a gente realmente precisa é de mais investimentos, valorização dos profissionais, contratação de mais professores, psicólogos e assistentes sociais, uniforme escolar e alimentação de qualidade”, afirmou o distrital.

A ideia de colocar detectores de metais e sistema de reconhecimento facial foi, segundo a Secretaria de Educação, uma medida encontrada para aumentar a segurança nas escolas, visando prevenir a entrada de armas de fogo e armas brancas nos estabelecimentos de ensino.

Em nota divulgada na imprensa, a pasta reforçou ainda que tal iniciativa já está em fase de licitação e que o edital para a compra dos equipamentos será feita nos próximos meses. “A SEEDF está empenhada em conduzir um processo transparente e eficaz para garantir que nossas escolas sejam equipadas com tecnologia de ponta em segurança”, disse a pasta.

Na visão do distrital Gabriel Magno, todo esse esforço poderá ser em vão, já que o cerne do problema continuará na comunidade escolar, já que as escolas apenas refletem a violência que já existe e continuará existindo na sociedade.

“As escolas estão inseridas na comunidade. Elas não são ilhas. Então, elas absorvem também todas as demandas da sociedade. As mazelas, os problemas, e as qualidades das políticas públicas. E a violência e o problema da segurança são problemas da sociedade. Então, a escola, obviamente, ela lida com isso [casos de violência] diariamente. Por isso, é preciso cuidar e é preciso preservar as escolas, os profissionais, os estudantes, os familiares”, diz Magno.

O distrital cobrou da Secretaria de Educação mais diálogo junto aos órgãos competentes e à comunidade escolar antes de adotar qualquer medida que venha interferir no dia a dia das escolas. “Tem uma série de questões que a gente pode fazer antes de assumir que nós não damos conta, que a escola não dá conta de lidar com esse problema da violência”, ressaltou.

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