Ir para o conteúdo
Casa Política Na volta de Lupi, PDT decide apoiar CPMI do INSS, mas com gestão Bolsonaro na mira
Política

Na volta de Lupi, PDT decide apoiar CPMI do INSS, mas com gestão Bolsonaro na mira

Compartilhar
Compartilhar

Lupi, que era o ministro da Previdência, deixou o governo Lula no dia 2, após o escândalo dos descontos indevidos em contas do INSS

A bancada do PDT no Congresso Nacional decidiu apoiar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), desde que o colegiado também investigue irregularidades durante a presidência de Jair Bolsonaro.

A decisão foi tomada na primeira reunião do PDT após o retorno de Carlos Lupi ao comando do partido, num encontro marcado por briga entre deputados sobre a decisão de permanecer no governo ou não.

O objetivo da reunião foi discutir a crise instalada no Ministério da Previdência, comandado pelo PDT, causada por um esquema que gerou R$ 6,3 bilhões em cobranças indevidas entre 2019 e 2024.

A CPMI do INSS, que reuniria deputados e senadores, foi mobilizada pela oposição e coletou o número mínimo de assinaturas no começo deste mês de maio. Governistas creem que ela acabará sendo instalada em breve.

Integrantes do PDT dizem que vão conversar com a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), uma das responsáveis pela coleta das assinaturas, para assegurar que o escopo de investigação da CPI envolva não apenas casos durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também os de Bolsonaro.

Lupi, que era o ministro da Previdência, deixou o governo Lula no dia 2, após o escândalo dos descontos indevidos em contas do INSS. A demissão dele resultou na saída do PDT da base da administração federal na Câmara. No Senado, porém, os parlamentares indicaram que seguem alinhados com o Planalto.

Essa divergência entre os 17 deputados e os três senadores ficou exposta de forma ainda mais clara no encontro desta terça-feira, 20. Houve ainda um bate-boca entre os deputados Dorinaldo Malafaia (PDT-AP), governista, e o líder da sigla na Câmara, Mário Heringer (MG), mais próximo ao ex-ministro Ciro Gomes, que divergem sobre a posição da sigla em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A discussão entre os dois se deu em razão de entrevistas que ambos deram à imprensa. Heringer anunciou a posição de independência e um afastamento do governo a alguns veículos, enquanto Malafaia disse ao ICL Notícias que a sigla permaneceria na base.

Sem um consenso claro, o partido resolveu tomar a decisão de manter “independência” em relação à pauta econômica do governo, mas ainda assim permanecendo na base.

Os mais governistas do PDT reclamam da interferência de Ciro Gomes nessa decisão, lembrando da rivalidade que ele construiu com o PT nas últimas duas eleições presidenciais.

Alguns deles repetem o argumento de que Ciro é uma pessoa desagregadora, lembrando da briga dele com o irmão Cid Gomes (PSB), a qual deverá levar a debandada de quatro deputados federais do Ceará do PDT.

Em 2024, pedetistas já sugeriram à presidência do partido a expulsão de Ciro da sigla.

Internamente integrantes do PDT discutiram se o partido precisaria entrar em uma federação. Lupi defende que a sigla deve aguardar até o prazo limite, maio de 2026, para tomar a decisão.

Na leitura dele, o partido poderia voltar a crescer se capitalizar em cima de deputados que resolvam debandar de outras federações recentes, como a formada entre União Brasil e PP, já que ainda há rusgas em diretórios municipais desse partido. Sob condição de reserva, parlamentares veem a decisão com ceticismo.

O PSB é o favorito entre os parlamentares para o PDT federar. A briga entre os irmãos Ferreira Gomes, porém, é um grande obstáculo para consolidar essa união.

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.

Compartilhar
Compartilhado por
Jeová Rodrigues

Jornalista

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos Relacionados

CCJ aprova fim da reeleição e unificação das eleições a partir de 2034

Proposta de emenda à Constituição extingue a reeleição para cargos do Executivo...

CPI das Bets: padre Patrick diz que vício em jogos é “caso de saúde pública”

Durante oitiva no Senado, o religioso destacou ainda que os influenciadores que...

Senado deve votar, nesta quarta, PL que facilita licença ambiental

O plenário do Senado deve votar, nesta quarta-feira, o projeto de lei...

Análise: julgamento dos “kids pretos” coloca em questão o papel das Forças Armadas

O grupo é integrado por militares formados pelo Curso de Operações Especiais...