Neste fim de semana, o Porão do Rock retorna ao estacionamento do Mané Garrincha para duas noites de música e celebração
Rumo aos 30 anos de história, o Porão do Rock celebra a 27ª edição neste fim de semana. Nesta sexta-feira e sábado, um dos mais tradicionais festivais da cidade invade o estacionamento Mané Garrincha com shows de grandes nomes nacionais e internacionais, como Sepultura e Stone Temple Pilots, e promove a expansão do território sonoro do evento, trazendo para a programação artistas das mais distintas vertentes da música alternativa, urbana e independente.
“O Porão do Rock é mais do que um festival — é um movimento cultural que há quase três décadas ajuda a consolidar Brasília como a verdadeira capital do rock brasileiro”, afirma Gustavo Sá, fundador e sócio do festival, que define o evento como “uma marca cultural da cidade”. “Brasília tem uma história riquíssima no gênero, que começa lá atrás com Legião, Plebe, Capital e tantas outras bandas emblemáticas. O Porão mantém essa chama acesa ao longo dos anos, revelando novos talentos, fortalecendo a cena independente e trazendo grandes nomes nacionais e internacionais”, afirma.
A edição deste ano, inclusive, é marcada pela volta das atrações principais estrangeiras — o grande destaque da programação é Stone Temple Pilots. “É uma banda icônica, que ajudou a moldar o rock dos anos 1990 e tem uma base de fãs fiel aqui no Brasil. Foi um processo cuidadoso de curadoria, conversas e alinhamento para viabilizar essa estreia em Brasília. Ter o Porão como palco dessa apresentação histórica é motivo de muito orgulho. Acreditamos que esse tipo de atração internacional eleva o festival, gera projeção e cria momentos inesquecíveis para o público”, avalia Gustavo.
A vinda da banda é motivo de empolgação até para os demais nomes da programação, como os estreantes do Terno Rei. “O mais legal de tocar no Porão neste ano é ter a possibilidade de ver o show do Stone Temple Pilots. Eu e o Bruno somos muito fãs desde criança, e por muito tempo foi minha banda preferida. Eu acho que eles são um grupo subestimado, eles têm um estilo de tocar muito legal. Tem tudo para ser um dia inesquecível”, celebra o vocalista Alê Sater.
Junto com Baianasystem e Fin del Mundo, a banda paulistana faz parte de um novo recorte artístico da programação. “A gente entende o rock como uma atitude, uma linguagem em constante transformação. O Porão sempre teve um DNA roqueiro, mas também sempre dialogou com as diversas vertentes da música alternativa, urbana e independente. Trazer artistas como esses não é abrir mão do rock, é expandir o território sonoro do festival, conectar com novas gerações e manter a programação viva e pulsante”, garante Gustavo.
“A curadoria busca equilíbrio entre a força dos clássicos e a inovação dos nomes contemporâneos — porque o Porão também é sobre futuro, reinvenção e resistência cultural”, acrescenta.
Memórias
Para além dos calouros, as bandas veteranas do Porão também têm vez na programação. Os integrantes do CPM 22, por exemplo, já perderam as contas de quantas vezes se apresentaram no evento. “Temos memórias incríveis do festival. Já fizemos várias apresentações legais, com o público agitando o show inteiro, é sempre assim”, conta o vocalista Badauí. “São histórias incríveis, fora as dos bastidores. Loucura total”, ri o cantor.
“O Porão é um festival de grande porte, tradicional na região e na cidade, mas que sempre olhou para o lado alternativo das bandas, para a cena underground, e isso é muito importante. Com certeza, quem ganha é o público”, elogia o músico.
Outro grupo que celebra a participação no evento são os mineiros do Black Pantera. “Participar do Porão mais uma vez é incrível. Nós conhecemos o festival, desde moleques, então sabemos da importância dele”, assegura Charles Gama, vocalista e guitarrista da banda. “Fazer parte dessa história do Porão é uma dádiva para a gente. Quando foi anunciado que nós iríamos tocar pela primeira vez, em 2017, pareceu um surto coletivo, porque já era um sonho antigo nosso”, lembra o integrante.
Formada em Uberaba no ano de 2014, a banda é conhecida por abordar temas políticos e sociais nas composições — o nome da banda é uma homenagem aos Panteras Negras. “O papel do rock’n’roll, além de entreter, é servir como porta de entrada para diversos temas, inclusive racismo, discriminação e a política suja que nosso país vive há tantas décadas”, argumenta Charles. “A gente acredita que o rock é fundamental para educar e empoderar as pessoas. O Black Pantera foi criado sob esse conceito e se manterá para todo sempre assim”, garante o músico.
“A gente sabe que nós sozinhos não vamos acabar com o racismo no Brasil e no mundo. Mas podemos ter influência sobre crianças e adolescentes que hoje nos escutam, para que se tornem homens e mulheres que lutam a favor dessa causa que é tão importante”, exemplifica. “Precisamos trazer para essa nova geração a importância gigantesca que as pessoas pretas têm no que hoje a gente entende como rock’n’roll”, complementa o cantor.
Para Dani Buarque, vocalista da banda The Mönic, que toca no sábado, um dos principais destaques do evento é justamente dar destaque para o lado social do gênero. “A nova cena do rock brasileiro tem trazido mais vozes plurais, mulheres, corpos dissidentes, sons híbridos”, lista a cantora. “Me deixa feliz ver que festivais como o Porão desempenham o importante papel de dar espaço a essa nova cara da música e não apostar só nos mesmos nomes de sempre, com um line-up branco, heteronormativo, composto por bandas dos anos 1980 até o início dos anos 2000”, comemora. “Será uma edição histórica. Estamos tão animadas que vamos um dia antes pra curtir o festival”, conta Dani.
O show no Porão marca a volta da baterista Daniely Simões para o grupo, que retorna à a formação original e exclusivamente feminina. “Quando uma mulher se vê no palco, ela automaticamente se sente mais pertencente ao ambiente. A cena roqueira ainda é muito marcada por uma energia masculina heteronormativa — tanto na própria indústria quanto na plateia. Nosso sonho nunca foi sermos representantes do rock das minas, nosso sonho é que um dia a equidade prevaleça e não existam mais denominações como essa”, finaliza a cantora.
Porão do Rock 2025
Sexta e sábado, às 18h, no estacionamento do Mané Garrincha. Ingressos podem ser adquiridos por meio da plataforma Digital Ingressos, a partir de R$ 170 (meia-entrada)
Programação
completa
(horários a definir)
Sexta
» Sepultura
» CPM 22
» Raimundos
» Velvet Chains
» Dead Fish
» Little Quail & The Mad Birds
» DFC
» Black Pantera
» Pense
» Fin del Mundo
» Bayside Kings
Sábado
» Stone Temple Pilots
» Baianasystem
» Matanza
» Terno Rei
» The Mönic
» Menores Atos
» Adorável Clichê
» Trampa
» Cassino Supernova
» Cezar Degraf
» Guizão
Rumo aos 30 anos de história, o Porão do Rock celebra a 27ª edição neste fim de semana. Nesta sexta-feira e sábado, um dos mais tradicionais festivais da cidade invade o estacionamento Mané Garrincha com shows de grandes nomes nacionais e internacionais,
Rumo aos 30 anos de história, o Porão do Rock celebra a 27ª edição neste fim de semana. Nesta sexta-feira e sábado, um dos mais tradicionais festivais da cidade invade o estacionamento Mané Garrincha com shows de grandes nomes nacionais e internacionais, como Sepultura e Stone Temple Pilots, e promove a expansão do território sonoro do evento, trazendo para a programação artistas das mais distintas vertentes da música alternativa, urbana e independente.
“O Porão do Rock é mais do que um festival — é um movimento cultural que há quase três décadas ajuda a consolidar Brasília como a verdadeira capital do rock brasileiro”, afirma Gustavo Sá, fundador e sócio do festival, que define o evento como “uma marca cultural da cidade”. “Brasília tem uma história riquíssima no gênero, que começa lá atrás com Legião, Plebe, Capital e tantas outras bandas emblemáticas. O Porão mantém essa chama acesa ao longo dos anos, revelando novos talentos, fortalecendo a cena independente e trazendo grandes nomes nacionais e internacionais”, afirma.
A edição deste ano, inclusive, é marcada pela volta das atrações principais estrangeiras — o grande destaque da programação é Stone Temple Pilots. “É uma banda icônica, que ajudou a moldar o rock dos anos 1990 e tem uma base de fãs fiel aqui no Brasil. Foi um processo cuidadoso de curadoria, conversas e alinhamento para viabilizar essa estreia em Brasília. Ter o Porão como palco dessa apresentação histórica é motivo de muito orgulho. Acreditamos que esse tipo de atração internacional eleva o festival, gera projeção e cria momentos inesquecíveis para o público”, avalia Gustavo.
A vinda da banda é motivo de empolgação até para os demais nomes da programação, como os estreantes do Terno Rei. “O mais legal de tocar no Porão neste ano é ter a possibilidade de ver o show do Stone Temple Pilots. Eu e o Bruno somos muito fãs desde criança, e por muito tempo foi minha banda preferida. Eu acho que eles são um grupo subestimado, eles têm um estilo de tocar muito legal. Tem tudo para ser um dia inesquecível”, celebra o vocalista Alê Sater.
Junto com Baianasystem e Fin del Mundo, a banda paulistana faz parte de um novo recorte artístico da programação. “A gente entende o rock como uma atitude, uma linguagem em constante transformação. O Porão sempre teve um DNA roqueiro, mas também sempre dialogou com as diversas vertentes da música alternativa, urbana e independente. Trazer artistas como esses não é abrir mão do rock, é expandir o território sonoro do festival, conectar com novas gerações e manter a programação viva e pulsante”, garante Gustavo.
“A curadoria busca equilíbrio entre a força dos clássicos e a inovação dos nomes contemporâneos — porque o Porão também é sobre futuro, reinvenção e resistência cultural”, acrescenta.
Memórias
Para além dos calouros, as bandas veteranas do Porão também têm vez na programação. Os integrantes do CPM 22, por exemplo, já perderam as contas de quantas vezes se apresentaram no evento. “Temos memórias incríveis do festival. Já fizemos várias apresentações legais, com o público agitando o show inteiro, é sempre assim”, conta o vocalista Badauí. “São histórias incríveis, fora as dos bastidores. Loucura total”, ri o cantor.
“O Porão é um festival de grande porte, tradicional na região e na cidade, mas que sempre olhou para o lado alternativo das bandas, para a cena underground, e isso é muito importante. Com certeza, quem ganha é o público”, elogia o músico.
Outro grupo que celebra a participação no evento são os mineiros do Black Pantera. “Participar do Porão mais uma vez é incrível. Nós conhecemos o festival, desde moleques, então sabemos da importância dele”, assegura Charles Gama, vocalista e guitarrista da banda. “Fazer parte dessa história do Porão é uma dádiva para a gente. Quando foi anunciado que nós iríamos tocar pela primeira vez, em 2017, pareceu um surto coletivo, porque já era um sonho antigo nosso”, lembra o integrante.
Formada em Uberaba no ano de 2014, a banda é conhecida por abordar temas políticos e sociais nas composições — o nome da banda é uma homenagem aos Panteras Negras. “O papel do rock’n’roll, além de entreter, é servir como porta de entrada para diversos temas, inclusive racismo, discriminação e a política suja que nosso país vive há tantas décadas”, argumenta Charles. “A gente acredita que o rock é fundamental para educar e empoderar as pessoas. O Black Pantera foi criado sob esse conceito e se manterá para todo sempre assim”, garante o músico.
“A gente sabe que nós sozinhos não vamos acabar com o racismo no Brasil e no mundo. Mas podemos ter influência sobre crianças e adolescentes que hoje nos escutam, para que se tornem homens e mulheres que lutam a favor dessa causa que é tão importante”, exemplifica. “Precisamos trazer para essa nova geração a importância gigantesca que as pessoas pretas têm no que hoje a gente entende como rock’n’roll”, complementa o cantor.
Para Dani Buarque, vocalista da banda The Mönic, que toca no sábado, um dos principais destaques do evento é justamente dar destaque para o lado social do gênero. “A nova cena do rock brasileiro tem trazido mais vozes plurais, mulheres, corpos dissidentes, sons híbridos”, lista a cantora. “Me deixa feliz ver que festivais como o Porão desempenham o importante papel de dar espaço a essa nova cara da música e não apostar só nos mesmos nomes de sempre, com um line-up branco, heteronormativo, composto por bandas dos anos 1980 até o início dos anos 2000”, comemora. “Será uma edição histórica. Estamos tão animadas que vamos um dia antes pra curtir o festival”, conta Dani.
O show no Porão marca a volta da baterista Daniely Simões para o grupo, que retorna à a formação original e exclusivamente feminina. “Quando uma mulher se vê no palco, ela automaticamente se sente mais pertencente ao ambiente. A cena roqueira ainda é muito marcada por uma energia masculina heteronormativa — tanto na própria indústria quanto na plateia. Nosso sonho nunca foi sermos representantes do rock das minas, nosso sonho é que um dia a equidade prevaleça e não existam mais denominações como essa”, finaliza a cantora.
Porão do Rock 2025
Sexta e sábado, às 18h, no estacionamento do Mané Garrincha. Ingressos podem ser adquiridos por meio da plataforma Digital Ingressos, a partir de R$ 170 (meia-entrada)
Programação
completa
(horários a definir)
Sexta
» Sepultura
» CPM 22
» Raimundos
» Velvet Chains
» Dead Fish
» Little Quail & The Mad Birds
» DFC
» Black Pantera
» Pense
» Fin del Mundo
» Bayside Kings
Sábado
» Stone Temple Pilots
» Baianasystem
» Matanza
» Terno Rei
» The Mönic
» Menores Atos
» Adorável Clichê
» Trampa
» Cassino Supernova
» Cezar Degraf
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