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OAB-DF pede afastamento imediato de professor acusado de racismo

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A OAB-DF, através de sua presidência e da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil da Seccional do Distrito Federal, informou que vai recomendar à secretaria de Educação do DF o afastamento do professor de espanhol no Centro de Ensino Médio 804 Murilo Vargas. O docente foi acusado de racismo pelos alunos após fazer publicações polêmica nas redes sociais.

Segundo o secretário-geral da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados, Bethoveen Andrade, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios também será acionado para investigar o caso. O pedido feito à secretaria de Educação é para que o o professor deixe o cargo que ocupa na rede pública o quanto antes. “Pedimos o imediato afastamento do professor para que haja necessária preservação à integridade dos alunos e demais servidores do Centro de Ensino 804”

Beethoven disse ainda que a OAB investigou a postura do professor nas redes sociais e constatou que, além da postagem com ataque direto à mulher negra, havia comentários com reverências às práticas genocidas utilizadas durante o holocausto, além de publicações com teor homofóbico e xenofóbico.” A OAB-DF emitiu nota e apontou que incompatibilidade do conduta com sua função pública deve ser apurada com o rigor.

A Polícia Civil disse que também investiga o caso. Angela Maria, titular da Delegacia de Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin), explicou que, mesmo sem ocorrência, a situação será apurada. “Precisamos analisar se o perfil é realmente do professor para saber se não tem uma outra pessoa que usa o perfil para praticar o racismo. Mas isso será apurado e investigado e se chegará à autoria. Os crimes da internet não ficam impunes”, explicou Angela Maria.

Os alunos denunciam que o professor Murilo Vargas teria publicado em seu Facebook a imagem de uma mulher negra com comentários jocosos. A OAB diz que, em uma rápida investigação, encontrou também comentários homofóbicos e que fazem alusão ao genocídio provocado pelo holocausto.

A Secretaria de Educação do DF disse que apura o caso e que reafirma a sua missão educacional de assegurar o respeito à diversidade e à pluralidade na rede pública de ensino e, com isto, contribuir para que se propague em toda a sociedade. Já a escola informou, pelas redes sociais, que a postura professor confronta as ações desenvolvidas na instituição. “Essas declarações não refletem o pensamento da escola, que sempre prezou pela diversidade e pluralidade de ideias e procurou sempre se pautar pelos princípios da liberdade, como escola formadora do pensamento crítico-reflexivo, independente de partidarismo político, ideologia, raça ou credo. O CEM 804 se orgulha também de ser formado por uma comunidade com imensa pluralidade racial.”

A reportagem tentou contato com o professor Murilo Vargas, mas ele não atendeu.

Este espaço está aberto à manifestação.

Com informações do Correio Braziliense

Jornalista

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