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População de 30 a 49 anos tem sido a mais afetada na segunda onda de covid-19 em Ceilândia, diz superintendente regional de saúde

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A superintende da Região de Saúde Oeste do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, falou com exclusividade ao TaguaCei para comentar sobre o combate à covid-19 nas regiões administrativas de Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol e Brazlândia. Nessas cidades, até o momento, há cerca de 11.870 casos, mais de 10 mil pessoas já foram recuperadas e 1.319 óbitos.

Ano passado, Ceilândia ficou conhecida como a região administrativa que mais teve casos de covid-19. Este ano, a proporção permanece, já que a região é a mais populosa do DF. Lucilene Florêncio passou por todos esses períodos controlando uma das regiões mais atingidas pela pandemia. Depois de mais de um ano de pandemia, a superintendente ressalta que os cuidados ainda devem continuar e que a saída para essa crise é a vacinação.

“A vacina, sem dúvida, é o grande equilíbrio, a grande solução, porém, a gente ainda não tem vacina em quantidade suficiente porque o Ministério da Saúde não consegue abastecer todo país e sendo um país de dimensão continental”, diz Florêncio.

Em Ceilândia, até o momento, já foram vacinadas 75 mil pessoas, ou seja, 16,6% da população local. Deste total, 51 mil receberam a primeira dose e outras 23 mil a segunda dose.

Se no ano passado, durante a primeira onda da pandemia, os mais atingidos eram as pessoas idosas e portadores de comorbidades, este ano, na segundo onde, os mais afetados têm sido os jovens com idade entre 30 e 49 anos.

Como os casos de covid-19 na Região de Saúde Oeste foram altos, o Hospital Regional de Ceilândia acabou se transformando em unidade referência no tratamento da doença. A própria cidade, também se tornou uma das regiões mais assistidas com infraestrutura para o tratamento da doença, já que há um hospital acoplado ao HRC, com 60 70 leitos; um hospital de campanha, com 60 leitos, e outro hospital de campanha está sendo construído na Escola Parque Anísio Teixeira, que terá 100 leitos.

A superintendente lembra que agora que os casos de contaminação começam a se estabilizar e que o DF como um todo começa a ter certa diminuição dos casos. Porém, ela ressalta que, como a covid-19 é uma doença muito particular, o momento ainda requer cuidado e atenção tanto por parte da população quanto da sociedade.

“O momento é muito difícil, desafiador, os trabalhadores da saúde estão na linha de frente estão bastante cansados, porque o paciente de covid-19, é um paciente que fica grave muito rápido, é um paciente que hoje são jovens, muitas vezes sem nenhuma comorbidade”, lembra Florêncio.

Além disso, ela também comentou sobre o momento pós-covid-19, onde será preciso implantar, não só no DF, mas em todos estados da Federação, ambulatórios de pós covid-19 para atender pacientes que tiveram sequelas em decorrência da doença.

“É uma doença que tem o antes, o durante e o depois. Por isso, nós temos que nós preparar para dar suporte psicológico para as famílias que tiveram perdas. Em Ceilândia mesmo tivemos casos em que numa única família morreram três, quatro pessoas. Então é uma doença bastante agressiva e nós temos que nos prepara para o pós covid-19 quando precisaremos ter centros de reabilitação desses pacientes”, diz Florêncio.

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Jornalista

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