Defensoria Pública do DF vai às ruas para atender pessoas expostas à poeira e lixo
Na manhã dessa quinta-feira (22), o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e a Subsecretaria de Atividade Psicossocial da Defensoria Pública do Distrito Federal, prestaram atendimento jurídico, psicológico e assistencial para os moradores de um terro baldio da Quadra 1 do Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN).
“Essa ocupação funciona há quase 20 anos e hoje moram aproximadamente 30 famílias. As situações são precárias. Não tem água. Aqui moram muitas crianças e elas não conseguem ir para o colégio por não terem como tomar banho. Todos aqui trabalham com reciclagem. O trabalho da Defensoria tem sido fundamental, a população tem sido atendida e eles estão se sentindo acolhidos”, resume a coordenadora do Movimento Nacional de Pessoas em Situação de Rua, Mairla Feitosa.
De acordo com o defensor público, Fábio Levino, a maioria dos atendidos não tem acesso ao cadastro de moradia da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) e à saúde. “Os atendimentos aqui são de cidadania – moradia e saúde. Falta acesso. Vamos acionar a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e a Codhab para fazer o cadastro destas pessoas que estão em extrema vulnerabilidade”, explica.
Segundo a subsecretária de Atividade Psicossocial da Defensoria, Roberta de Ávila, a subsecretaria disponibilizou quatro funcionários na área de psicologia e um de serviço social para assistir a população do SAAN. “Eles estão sendo negligenciados. Não conseguem atendimento nos postos de saúde e nos centros de referência. Vivem expostos a poeira e ao lixo. Isto tem gerado problemas de saúde como bronquite. O nosso trabalho é continuado. Registramos a demanda de cada um e eles vão ser encaminhados para as redes de acolhimento”, disse Ávila.
Com informações da DPDF.