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Aliança Global contra a Fome e a Pobreza apoiará políticas focadas em populações mais vulneráveis

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Iniciativa brasileira pactuada no G20 está aberta à adesão de governos e organizações. Ministro Wellington Dias enfatizou a importância de países mais desenvolvidos aderirem à Aliança durante reunião com respresentantes da FAO, em Roma

AAliança Global contra a Fome e a Pobreza foi apresentada durante a 52ª Sessão Plenária do Comitê de Segurança Alimentar (CSA), realizada na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, nesta segunda-feira, 21 de outubro. Representando o governo brasileiro, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, enfatizou a importância de países mais desenvolvidos aderirem à Aliança.

“Precisamos que a Aliança seja realmente global, com países em desenvolvimento aderindo e se beneficiando de políticas baseadas em evidências. Se um país tem interesse em implementar um programa de alimentação escolar, a Aliança pode ajudar; se outra nação gostaria de construir cisternas para as famílias que estão sofrendo com a crise climática ou desenhar um programa de inclusão socioeconômica para os mais pobres, também a Aliança pode apoiar” 

Wellington Dias
Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

“Precisamos que a Aliança seja realmente global, com países em desenvolvimento aderindo e se beneficiando de políticas baseadas em evidências. Se um país tem interesse em implementar um programa de alimentação escolar, a Aliança pode ajudar; se outra nação gostaria de construir cisternas para as famílias que estão sofrendo com a crise climática ou desenhar um programa de inclusão socioeconômica para os mais pobres, também a Aliança pode apoiar”, afirmou o titular da pasta.

O ministro também reforçou a necessidade de os países mais desenvolvidos contribuírem com os países em desenvolvimento, por meio de investimento em conhecimento e também financeiro. “É muito importante destacar que, apesar de ter nascido do G20, a Aliança Global é aberta a todos os países, todas as organizações que quiserem aderir”, destacou.

No contexto do CSA, em um evento proposto pelo governo brasileiro, o ministro fez um chamamento aos países e agências para que participem e fortaleçam a iniciativa. A experiência do Brasil no combate à fome foi reconhecida na Sessão Plenária do CSA.

“Queremos evitar a duplicação de esforços e posicionar a Aliança Global como um mecanismo que dará o impulso político para mobilizar os fundos existentes e melhor organizá-los com foco nos mais pobres e vulneráveis e na implementação consistente de políticas nacionais em larga escala”, declarou o ministro.

MAPA DA FOME — Na ocasião, foi apresentado o Relatório da ONU sobre a Insegurança Alimentar Mundial (SOFI), estudo que evidenciou o impacto das políticas do governo brasileiro na melhora dos números na América Latina. Os resultados podem ser atribuídos ao resgate e à reestruturação de ações como o Programa Bolsa Família, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), entre outros.

Wellington Dias destacou que a insegurança alimentar severa já caiu 85% e é esperado que o Brasil saia do Mapa da Fome em breve. O titular do MDS defendeu, ainda, a importância de inserir os mais pobres no orçamento e os mais ricos no imposto de renda, além da necessidade de integrar políticas econômicas a políticas sociais, a fim de criar um ambiente focado na capacitação profissional do público que saiu da situação de fome e, assim, apoiá-lo a sair da pobreza.

INICIATIVA BRASILEIRA — A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é uma proposta do governo brasileiro que, em julho deste ano, foi pactuada por todo o G20. A iniciativa é um mecanismo prático para angariar recursos financeiros e conhecimento nas áreas em que são mais abundantes e canalizá-los para áreas em que são mais necessários, apoiando a implementação e a ampliação da escala de programas eficientes em reduzir a fome e a pobreza em todos os continentes.

“Temos trabalhado com países e organizações internacionais para elaborar uma cesta de políticas públicas de referência para a Aliança Global, reunindo toda a experiência acumulada ao longo de décadas com transferência de renda, proteção social, alimentação escolar e outros programas”, declarou Wellington Dias.

PARTICIPANTES — A ministra da Gestão e Inovação em Recursos Públicos, Esther Dweck, também compõe a comitiva brasileira na plenária da FAO. Pelo MDS, integram o grupo a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, e a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, Valéria Burity.

Além dos órgãos de governos, participam das discussões representantes do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Programa Alimentar Mundial (PMA), da Cúpula da Nutrição para o Crescimento (N4G), dos Sistemas Alimentares da União Africana, da Segunda Conferência sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural, entre outros grupos dedicados a trabalhar no tema da segurança alimentar e nutricional.

PLENÁRIA — A 52ª Sessão Plenária do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CSA) começou nesta segunda-feira (21) e vai até o dia 25 de outubro, em Roma, na Itália. Neste ano, a Plenária celebra o aniversário de 50 anos do CSA e os 20 anos das diretrizes voluntárias em apoio à realização progressiva do direito à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar nacional.

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Jornalista

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