O Brasil vive um clima de Copa do Mundo. E não é à toa: presenciamos, sim, um momento histórico. A indicação de Ainda estou aqui em três categorias do Oscar — melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz para Fernanda Torres — é mais um belo capítulo do cinema nacional, relegado a um segundo plano em muitos dos nossos governos.
A conquista de Ainda estou aqui — ou I’m still here, em inglês — é mais do que artística. É a oportunidade de mostrar ao mundo, na maior celebração da sétima arte em todo o globo, uma parte dolorosa da nossa história: os anos de chumbo entre 1964 e 1985. Um período que precisa ser sempre lembrado, contado e recontado aos nossos descendentes para que nunca mais volte a ocorrer.
Ao expor os abusos cometidos durante a ditadura, sem ser explícito politicamente, Ainda estou aqui nos convida a valorizar os avanços democráticos conquistados com tanto sacrifício. Narrar os horrores praticados pelos militares a partir de personagens reais é um tributo às vozes que resistiram à opressão e construíram nossa liberdade, como Eunice Paiva, uma mãe de cinco filhos que lutou por décadas para que o Estado brasileiro reconhecesse a morte do marido, o engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva.
Valorizar o feito de Ainda estou aqui é tão importante quanto deixar o pachequismo de lado, afinal, o longa de Walter Salles entra como azarão na categoria principal, que tem fortíssimos concorrentes como O brutalista e Conclave. Mas, ao mesmo tempo, é possível sonhar em melhor filme internacional, que tem o drama musical francês Emilia Pérez como favorito, e melhor atriz, em que Fernanda Torres tem uma grande rival: Demi Moore está espetacular em Substância, um terror de ficção científica que choca e nos faz refletir sobre o culto à beleza, a todo custo.
A entrega do Oscar ocorrerá em 2025 em uma das datas mais populares do nosso calendário: o domingo de carnaval. A transmissão do tradicional desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí vai dividir a audiência na televisão e nas redes sociais com a premiação da Academia de Artes Cênicas e Cinematográficas.
Ganhar ou não é o que menos importa a partir de agora. O reconhecimento internacional de Ainda estou aqui recoloca o cinema brasileiro em um patamar de protagonismo que merece. Além de valer como um importante recado aos nossos governantes: a cultura é, sim, ferramenta de transformação social.
O mundo assiste. E o Brasil conta a sua história.
Com informações do Correio Braziliense
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