Élcio revela quem era o intermediador entre mandantes e assassinos de Marielle
Ex-PM Élcio Queiroz admitiu, em delação premiada à PF, a participação dele no crime e ainda detalhou o assassinato de Marielle Franco
Reprodução/PCRJ
O ex-policial militar Élcio Queiroz (foto em destaque) apontou, em delação premiada à Polícia Federal (PF), mais um participante dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, teria sido responsável por intermediar o contato entre os mandantes e os assassinos.
Edimilson era sargento reformado da Polícia Militar e foi executado em novembro de 2021, aos 54 anos. Segundo testemunhas, dois homens em um carro branco atiraram contra Macalé na região de Bangu, na zona oeste do Rio.
A vereadora defendia pautas de direitos humanos, defesa da mulher e da comunidade LGBT Mário Vasconcellos/CMRJ
Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, suspeitos de matar Marielle Franco Reprodução
Maxwell Simões Corrêa, o Suel, foi expulso do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Reprodução
PF passou a investigar assassinato de Marielle Franco em fevereiro Reprodução
Reprodução/facebook
Marielle era vereadora e defendia direitos humanos Mídia NINJA
A vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 Mídia NINJA
A vereadora defendia pautas de direitos humanos, defesa da mulher e da comunidade LGBT Mário Vasconcellos/CMRJ
Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, suspeitos de matar Marielle Franco ReproduçãoVoltarProgredir
“Inclusive foi através do Edimilson que trouxe… vamos dizer, esse trabalho para eles; essa missão para eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”, afirmou Élcio na delação.
De acordo com Élcio, Macalé ainda teria feito “campanas” para vigiar Marielle nos dias anteriores ao assassinato.
No momento da execução, Macalé estava com uma pistola Glock, calibre 45. Nem a arma nem os documentos do policial foram roubados na ação.
Delação premiada
Na delação premiada, Élcio afirmou que Lessa teria contado que há tempos planejava matar a vereadora. Para isso, ele e o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, preso em operação nesta segunda, acompanhavam a rotina de Marielle.
No dia do crime, 14 de março de 2018, Ronnie e Élcio se falaram por volta das 12h por um aplicativo de mensagens instantâneas cujo conteúdo se autodeleta. Atualmente, a única rede popularmente conhecida capaz de tal feito é o app russo Telegram.
Élcio se encontrou com Ronnie e, juntos, seguiram de carro para a Lapa, no centro do Rio de Janeiro, onde Marielle Franco participava do encontro Jovens Negras Movendo as Estruturas. Juntos, decidiram que aquela seria a melhor oportunidade para executá-la. Élcio dirigia o carro e Ronnie, sentado no banco de trás, faria os disparos.
“Élcio dá os pormenores do que aconteceu, desde a chamada do Ronnie, ao meio dia”, ressaltou o delegado da PF Guilhermo Catramby.
Segundo o investigador, os executores acompanharam a saída de Marielle do evento e a viram entrando em um veículo Cobalt prata, conduzido pelo motorista Anderson Gomes. Eles, então, emparelharam os carros e atiraram deliberadamente – apenas Fernanda Chaves, assessora da vereadora, sobreviveu.
Relembre
Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, é uma ex-vereadora do Rio de Janeiro que foi morta a tiros, junto ao motorista Anderson Gomes, em 2018, quando voltava para casa numa noite de quarta-feira. Naquele ano, ela seria anunciada candidata a vice-governadora pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSol).
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