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Regiões do Distrito Federal investem na produção de vinho

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O clima na região de Brasília e do Entorno, com altas e baixas temperaturas, favorece o cultivo de vários tipos de uvas

Rachel Bardawil produz vinhos naturais, sem químicos para corrigir acidez e taninos    -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Rachel Bardawil produz vinhos naturais, sem químicos para corrigir acidez e taninos – (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Regiões do Distrito Federal e do Entorno se destacam na produção de vinhos e no enoturismo. Com oscilações entre altas e baixas temperaturas, principalmente no inverno, as regiões apresentam clima favorável para o cultivo de uvas viníferas, específicas para a produção do vinho do Cerrado.

De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), em 2022 foram produzidas 1,4 mil toneladas de uvas cultivadas em 88 hectares localizados entre as regiões do Paranoá (que inclui os núcleos rurais do PAD-DF e Jardim), de Planaltina e de Sobradinho. Dos 55 produtores de uva da região, 14 apostam na bebida apreciada em várias partes do mundo.

Para quem deseja acompanhar a evolução da vinicultura no Centro-Oeste, acaba de ser lançada uma combinação de vinhos pelo Vinhedo Girassol, em Cocalzinho (GO), onde as garrafas das safras 2021/2022 foram colocadas à venda de forma antecipada. O Vinhedo, fundado em 2015, está entre as principais regiões do novo e vibrante cenário dos vinhos brasileiros.

Inovação

O principal vinho do Girassol, Terroir Girassol Syrah, é conhecido no cenário nacional, bastante elogiado pelo público e pela crítica especializada, sendo distribuído pelos melhores restaurantes e empórios de Brasília e São Paulo. De acordo com o produtor Sérgio Hermeto Resende, o cultivo das uvas plantadas em 3,2 hectares de terra rende R$ 750 mil por ano, com a produção de cerca de 3.700 garrafas de vinho.

O clima contribuiu para a criação de uma proposta ainda mais ousada do Vinhedo Girassol, o vinho Magnético Syrah, produzido sem a utilização de agrotóxicos, pesticidas e com uma proposta que utiliza produtos homeopáticos, águas plasmadas (conhecido como o quarto estado físico da água além do líquido, sólido e gasoso) e até mesmo os ciclos lunares, com alta concentração fenólica e de antocianinas, o que resulta em um vinho diferenciado e com personalidade.

Além de possuir um rótulo exclusivo sob a curadoria da artista plástica Maria Antonieta Moreira Paz, o vinho Magnético Syrah também vem acompanhado de uma playlist musical com o intuito de aprofundar a experiência de consumo, fazendo com que os degustadores se sintam na própria plantação enquanto relaxam ao som de blues, jazz, soul e música clássica.  

“Nos primeiros 10 anos, nosso foco foi a produção de bons vinhos da uva Syrah. Agora, nosso desafio é a introdução de novas castas, como Barbera e Cabernet Franc, como estratégia de fortalecimento voltado à vinicultura local. A nossa meta é produzir cinco mil garrafas de vinho ao ano”, enfatiza Sérgio Resende.

Enoturismo

O produtor destaca ainda que o vinhedo também realiza passeios em meio às montanhas, cachoeiras e mirantes que englobam a rica natureza local. “O Vinhedo Girassol é um expoente que mostra o potencial desta região. Além disso, pelo fato de ser o terceiro vinho de Goiás a ser comercializado em todo o país, ele também acaba fortalecendo o pioneirismo da viticultura atrelada à região.”

Funcionando também como um sistema de delivery para as principais regiões do Brasil, o Safra Mix marca o começo de uma longa e frutífera história do Cerrado goiano no mercado de vinhos artesanais.

A cerca de 25km da Esplanada dos Ministérios, na região da Fercal, em Sobradinho, uma charmosa plantação de uvas viníferas e de mesa também chama a atenção de quem passa pelo local. Motivadas pela tradição, a família Bardawil está entre os produtores da capital federal que produzem vinhos artesanais.

Uma das uvas é a Niágara Rosada, são 10 mil pés plantados. O tipo é conhecido como uva de mesa, mais apreciada na época do Natal e pode ser consumida in natura ou utilizada no preparo de sucos, doces, geleias, passas e também na fabricação de vinhos de mesa. Além disso, os Bardawil cultivam as uvas Syrah, Tempranillo e Barbera, que melhor se adaptam ao clima do Cerrado. As uvas são plantadas numa área de aproximadamente 7 hectares.

Vinhos Naturais

De acordo com Rachel Bardawil, a fazenda Califórnia adota o processo da poda invertida, método que altera o ciclo e permite que a colheita ocorra no inverno. Com isso, são colhidas duas safras durante o ano e o vinho é produzido de forma artesanal e natural. “Nossas colheitas ocorrem em duas ocasiões, no meio do ano, a safra, e no fim do ano, a safrinha. Temos o cuidado de não forçar as videiras. As uvas são muito sensíveis, precisamos adubar, irrigar, capinar, podar, guiar, grampear e retirar os brotos”, afirma.

“Os vinhos naturais são os mais complexos de classificar, uma vez que não existe, de fato, algum tipo de norma ou regulamentação para essa agricultura, e podem ser considerados aqueles que fazem a fermentação de forma espontânea. Também não é adicionado nenhum artifício químico que corrija a acidez e taninos presentes no vinho. A proposta é manter as características naturais da uva, resultando em um vinho intenso e cheio de microbiologia que ocorre naturalmente”, explica.

A colheita ocorre entre dezembro e janeiro. As uvas da fazenda Califórnia podem ser consumidas no local. A família tradicional participa da Feira da Uva e do Vinho e da Festa da Vindima com a famosa pisa da uva. “A VI Festa da Vindima na nossa fazenda foi um sucesso. Disponibilizamos durante a comemoração duas barricas de carvalho para que os visitantes pudesse experimentar a sensação de prensar as uvas com pés, uma experiência singular”, destaca Rachel.

Com informações do Correio Braziliense

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