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Casa da Mulher Brasileira será transferida para Ceilândia

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A Casa da Mulher Brasileira, interditada desde abril de 2018 por determinação da Defesa Civil, ganhará novo endereço. Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, o edital de chamamento para locação de um imóvel em Ceilândia. O contrato inicial será de 24 meses, a partir da assinatura, com possibilidade de ser prorrogado. A propriedade deverá ter área útil entre 1,9 mil a 2,3 mil metros quadrados.

Os interessados têm 10 dias para apresentar as propostas e fica à cargo da Secretaria da Mulher optar pelo imóvel que melhor atenda às necessidades. O edital está disponível no site da pasta.

O prédio atual, na Asa Norte, apresentou problemas estruturais. Em setembro do ano passado, a ministra Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, divulgou um vídeo institucional afirmando que o edifício passaria por reformas inicialmente orçadas em R$ 12 milhões.

Contudo, como não há previsão para o início, e tendo em vista a necessidade de um equipamento de atendimento multidisciplinar para mulheres em situação de risco, a Secretaria da Mulher optou pela transferência de endereço.

Atendimento humanizado

A proposta da Casa da Mulher Brasileira é oferecer, em um mesmo espaço, diferentes serviços especializados para atendimento nos mais diversos tipos de violência contra a mulher. É oferecido acolhimento, triagem e apoio psicossocial.

O espaço conta ainda com uma delegacia, juizado especializado em violência doméstica e familiar contra mulheres, Ministério Público, Defensoria Pública, Serviço de Promoção de Autonomia Econômica, brinquedoteca para as crianças, alojamento de passagem e central de transportes.

Onde pedir ajuda?

Em caso de violência contra a mulher, veja onde buscar atendimento:

Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência — Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Telefone: 180 (disque-denúncia)

Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
Entrequadra 204/205 Sul – Asa Sul / (61) 3207-6172
QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro / 3207-7391

Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
Telefone: 100

Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar**
Telefones: (61) 3910-1349 / (61) 3910-1350

Tipos de violência

Nem todos sabem, mas a violência contra a mulher vai muito além de agressões, estupros e assassinatos. A Lei Maria da Penha sancionada em 2006, classifica em cinco categorias os tipos de abuso cometido contra o sexo feminino, são eles: violência física, violência moral, violência sexual, violência patrimonial e violência psicológica.

Além das violências físicas mais conhecidas como as agressões, estão também enquadradas na primeira categoria ações como atirar objetos com a intenção de machucar a mulher, apertar os braços, sacudi-la e segurá-la com força.

A violência moral está atrelada ao constrangimento que o agressor pode causar a vítima como expor a vida íntima do casal para outras pessoas e o vazamento de fotos íntimas na Internet. Calúnias, difamação ou injúria também fazem parte desse tipo de violência.

Diferentemente do que muitos podem pensar, a violência sexual não se resume a forçar uma relação íntima . Obrigar a mulher a fazer atos que a causem desconforto, impedi-la de usar métodos contraceptivos, ou a abortar, também são considerados formas de opressão.

Controlar os bens , guardar ou tirar dinheiro sem autorização da mesma, e causar danos de propósito em objetos são alguns exemplos de violência patrimonial.

Por fim, a violência psicológica consiste em diminuir a autoestima da mulher, sendo com humilhações, xingamentos, desvalorização moral que implicam em violência emocional. Tirar direitos de decisão e restringir liberdade também fazem parte da última categoria.

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Jornalista

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