Censo IBGE 2022: população do DF cresce menos e envelhece mais
O Censo 2022: retrato demográfico e perspectivas para Área Metropolitana de Brasília (AMB) e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF) apresentou mudanças na estrutura demográfica das regiões entre 2010 e 2022.
O estudo, divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) nessa segunda-feira (22/4), se baseou nos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A desaceleração no crescimento populacional da capital é um fato constatado pelo Censo 2022. O estudo explicou o que pode causar esse fenômeno. O envelhecimento progressivo da população brasiliense e a queda da taxa de fecundidade são alguns dos fatores.
Desaceleração no crescimento populacional
Entre 2000 e 2010, a população do Distrito Federal cresceu 2,28% e a proporção de pessoas com idades até 14 anos foi de 23,7%. Já entre 2010 e 2022, o crescimento da população foi de 0,76% e a proporção de quem tem menos de 14 anos diminuiu para 19,9%. No último censo, o número de pessoas com 65 anos ou mais aumentou de 5% para 8,8%.
O índice de envelhecimento, que mostra a proporção de idosos em relação ao número de pessoas de até 14 anos na população, aumentou de 21 idosos com 65 anos ou mais a cada 100 pessoas menores de 15 anos em 2010 para 46,5 idosos nessa faixa etária em 2022. Quando as pessoas 60+ foram considerados, o salto foi de 46,4 para 68,3 no mesmo período.
A AMB, composta pelo Distrito Federal e pelos 12 municípios goianos vizinhos (Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás), teve um crescimento anual de 1,19%.
Na Periferia Metropolitana de Brasília (PMB), que inclui apenas os 12 municípios mencionados, o crescimento anual foi de 2,22%.
Já a Ride-DF, composta pelo DF e 33 municípios (29 em Goiás e 4 em Minas Gerais), teve um crescimento anual de 1,14%. Essa taxa variou significativamente entre os diferentes municípios da região.
Enquanto Cidade Ocidental cresceu exponencialmente a uma taxa de 4,21% ao ano, com um aumento de 35.852 residentes entre 2010 e 2022, Niquelândia registrou um declínio demográfico a uma taxa de -1,6% ao ano, o que resultou em 7.397 residentes a menos no mesmo período.
E essa desaceleração?
A redução do crescimento populacional reflete a taxa de fecundidade em declínio. A população com menos de 14 anos apresentou taxa de crescimento negativa, com 1,1% de média anual no período analisado pelo Censo 2022.
Esse queda é atribuída aos avanços de contraceptivos, aumento da participação feminina no mercado de trabalho, à priorização de mais anos de estudos. Outra influência é a mudança na percepção da maternidade, que deixou de ser uma prioridade para algumas mulheres.
O padrão demográfico envelhecido traz implicações para políticas públicas, especialmente nas áreas de educação, saúde, previdência social e mobilidade. Segundo o estudo, é necessário uma adaptação às mudanças etárias para atender a população.
No entanto, essas mudanças podem provocar um momento favorável no DF, quando colocada no ponto de vista da estrutura etária. Já que a população em idade de trabalho está muito acima dos grupos de 0 a 14 anos e 65 anos ou mais, o desenvolvimento econômico e social pode ter implicações positivas.
Acesse o estudo na íntegra e saiba mais.
Com informações do portal Metrópoles
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