Construção civil do DF deve ser o principal setor da economia na retomada após pandemia de coronavírus
Mesmo com a crise, entidades e especialistas avaliam que a construção civil deve voltar a se fortalecer depois da pandemia. Obras que não pararam e juros baixos são fatores para a reação
Um dos setores mais importantes para a economia do Distrito Federal, a construção civil também sentiu os impactos da pandemia do novo coronavírus, mas, ao contrário de outros ramos, empresas e entidades da área estão otimistas na avaliação do cenário que virá depois da crise. A permissão para que as obras continuassem desde o início da disseminação da Covid-19, a taxa de juros baixa para crédito imobiliário e a onda de crescimento que ocorria até então são alguns dos fatores que embasam as boas expectativas.
César Bergo, presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF) e professor da Universidade de Brasília (UnB), prevê um momento de aquecimento da construção civil no cenário pós-crise. “Daqui a 90, 120 dias, haverá uma retomada tanto na incorporação quanto na construção, mas agora é um momento complicado de planejamento, de rever processos e melhorar a estrutura das empresas”, analisa.
O economista aposta na redução dos preços de imóveis como um dos fatores que vai atrair a população quando houver mais estabilidade econômica. “Também fará diferença o custo da mão de obra. Com o aumento de profissionais disponíveis, o valor deve cair e, com isso, a construção ficará mais barata”, acrescenta.
O setor começou 2020 com expectativa alta, motivada pelos resultados do ano passado. O crescimento de 2019 foi comprovado pelo Índice de Velocidade de Vendas, que chegou a 8%, contra 6,7% em 2018. O indicador é produzido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF) e pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF), e é medido mensalmente pela divisão entre o número de unidades ofertadas pelas vendidas.
Para o presidente da Ademi-DF, Eduardo Aroeira, a construção civil tem potencial para alavancar a recuperação econômica do país. “O primeiro motivo para isso é o fato de, principalmente aqui no DF, os trabalhos não foram interrompidos. Adaptamos o nosso método para garantir segurança e, dessa forma, conseguimos seguir sem ter problemas de infecção. Por isso, nossas empresas não sofreram tanto quanto outros segmentos”, justifica.
A permissão para que as obras continuassem deu sobrevida ao setor e garantiu a manutenção de empregos, avalia o presidente do Sinduscon-DF, Dionyzio Klavdianos. “Isso foi muito importante, porque somos o setor que mais emprega trabalhadores das classes menos privilegiadas. Se podemos operar, o setor mantém o emprego, e para economia isso é muito bom.”
No entanto, Dionyzio reconhece que, mesmo assim, o impacto do coronavírus é sentido pelas empresas. “Ainda não temos o número consolidado, mas houve sim queda nas vendas e perdemos alguns empregos. Mas o fato de as obras continuarem fez com que esse impacto fosse muito menor do que em outros setores, como o comércio”, explica. “Acreditamos que, mesmo que os nossos resultados sejam menores do que os esperados antes, não vamos passar por uma crise avassaladora, até porque mesmo agora isso não aconteceu.”
Contribuiu também para que o setor não ficasse estagnado, segundo o dirigente, a continuidade de obras do Governo do Distrito Federal. “O GDF manteve o que estava sendo feito e já acenou que não vai parar. É provável que tenha problema de caixa, mas é interesse do governo que as obras não parem”, comenta.
GDF
Em entrevista à Agência Brasília, o secretário de Governo, José Humberto Pires, aborda as ações adotadas em tempo recorde pelo GDF para enfrentar a epidemia do coronavírus, que tem gerado sérias transformações no Brasil e em vários outros países. Especialmente no que diz respeito ao investimento em obras públicas, a determinação do GDF é garantir um reforço ao desenvolvimento econômico, diante do quadro de crise. Ele ainda falou sobre outros projetos do GDF e disse que vai continuar a dedicar tratamento de prioridade – especialmente os que contemplam as pastas de Saúde e de Obras.
“As obras públicas terão papel fundamental para a economia e para a retomada do desenvolvimento. Além de manter todos os canteiros em funcionamento, estamos lançando mais um pacote de obras, com investimento de mais de R$ 100 milhões. Tudo vai ser feito observando regras de segurança sanitária, mas não vamos parar. Nos próximos dias, vamos começar a fazer os primeiros canteiros das sete novas UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] que vão ser entregues durante o ano”, garantiu.
São obras de infraestrutura, manutenção, reformas, algumas que estavam sendo aguardadas há muito tempo, como a construção de novas Unidades Básicas de Saúde [UBSs] no Paranoá Parque, Planaltina, Mangueiral e na QNR 2 da Ceilândia; outras obras de drenagem, quadras esportivas, pavimentação de ruas, duplicação de estradas. “Enfim, o importante é que teremos obras por todas as regiões do Distrito Federal, sem esquecer a zeladoria permanente da cidade, com intervenções constantes nos parques, jardins e ruas.”
Ele ainda comentou sobre a implantação da linha de VLT que, segundo ele, passará por toda avenida, até à Asa Norte, mas para isso ainda não há previsão para início das obras.
Por fim, o secretário falou sobre a proposta do GDF em relação à revitalização da W3 Sul. “O governador Ibaneis Rocha decidiu que toda a W3 Sul será revitalizada ainda este ano. Já iniciamos as obras para mais duas quadras, a 509/510; estamos licitando o trecho da 513/514 e todas as demais quadras estão sendo projetadas para que sejam iniciadas logo e fiquem prontas ainda este ano, recuperando essa importante e histórica via de Brasília”, afirmou.
Com dados e números do Correio Braziliense e Agência Brasília
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