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Pessoas com deficiência têm menos acesso à educação, trabalho e renda, revela IBGE

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Dados do IBGE mostram que a desigualdade ainda limita o acesso de pessoas com deficiência à educação, trabalho e renda.

Apesar dos avanços nas políticas públicas, os dados mais recentes do IBGE, adquiridos por meio da PNAD Contínua 2022 no módulo da Pessoa com Deficiência, mostram uma realidade alarmante: pessoas com deficiência têm menos acesso à educação, ao mercado de trabalho e à renda no Brasil.

A pesquisa revela desigualdades profundas que limitam o desenvolvimento pessoal e a autonomia dessa parcela significativa da população.

Educação: uma barreira que começa cedo

Segundo o levantamento, pessoas com deficiência têm taxas de escolarização mais baixas em todas as faixas etárias. Apenas 23,4% da população com deficiência de 25 anos ou mais concluiu o ensino médio, contra 53,2% das pessoas sem deficiência.

O acesso ao ensino superior também é desigual: apenas 7,5% das pessoas com deficiência possuem diploma universitário, enquanto entre os sem deficiência o índice chega a 21,7%.

Trabalho: exclusão que impacta a renda

Quando o assunto é mercado de trabalho, a disparidade persiste. Apenas 28,3% das pessoas com deficiência estão empregadas, enquanto a taxa entre pessoas sem deficiência é de 66,3%.

Além disso, a renda média das pessoas com deficiência é significativamente menor. Mesmo quando inseridos no mercado formal, muitos enfrentam salários mais baixos e funções subvalorizadas, revelando uma exclusão estrutural.

Inclusão ainda é um desafio urgente

Os dados do IBGE escancaram que a inclusão de pessoas com deficiência no Brasil ainda é uma tarefa pendente. A falta de acesso à educação de qualidade e a barreiras para a empregabilidade criam um ciclo de exclusão que limita a autonomia financeira e social dessas pessoas.

Garantir o cumprimento da legislação existente — como a Lei Brasileira de Inclusão e a Lei de Cotas — é essencial, mas também é preciso investir em mudanças estruturais na educação, no mercado de trabalho e na cultura social.

Enquanto não houver equidade de acesso à educação, ao emprego e à renda, não haverá inclusão plena.
A transformação precisa ser profunda e constante, baseada no respeito aos direitos humanos e na criação de oportunidades reais para todos.

Incluir não é apenas permitir entrar — é garantir condições para permanecer, crescer e prosperar.

Fonte: Deficientes Indignados

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