Aumento nos casos de doenças respiratórias preocupa o DF
Seca e frio fazem subir o número de ocorrências. Uma rede privada de hospitais registrou aumento de 105% nos atendimentos. Pneumologista explica que prevenção é a melhor forma de evitar infecções
A baixa umidade e o frio, típicos do outono e do inverno, trazem o aumento das síndromes respiratórias. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), somente na segunda semana de abril, foram notificados 261 casos. Em uma das redes particulares do DF, o crescimento das ocorrências, de janeiro para abril, foi de 105% — de 2.132 casos para 4.366, conforme dados Hospital Brasília Águas Claras, da rede Dasa. O cenário era esperado por especialistas, devido à sazonalidade.
Priscila Pereira, 32 anos, levou a filha Helena Mendonça, de 11 meses, para o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) em 8 de maio. Priscila conta que a bebê estava com sintomas gripais, como tosse e coriza, havia quase um mês, o que a fez procurar pela clínica da família no Riacho Fundo 1, onde mora. No entanto, Helena não foi diagnosticada e teve apenas a prescrição de medicamentos para gripe.
Posteriormente, a menina apresentou febre alta, melhorou com o remédio, mas voltou a ter convulsão, enquanto estava na creche. Foi então que a mãe a levou ao Hmib. Priscila relata que a convulsão assustou a todos e, apesar de ser um sintoma que faz parte do quadro gripal em crianças, a pouca idade de Helena é um fator de preocupação.
Na persistência dos sintomas iniciais, mesmo os mais leves — tosse, febre, perda de apetite e falta de ar —, a indicação é procurar atendimento médico, manter boa alimentação, usar medicamentos sintomáticos, como dipirona e paracetamol —, desde que não haja contraindicação, e fazer lavagem nasal. É o que aconselha a pneumologista do Hospital Brasília Águas Claras, Gilda Elizabeth.
“Em caso de dúvidas, é preciso procurar um médico para avaliação, a fim de evitar a persistência de sintomas respiratórios”, alerta. De acordo com a especialista, os maiores riscos estão nos extremos de idade, ou seja, crianças e idosos, mais propensos a infecções respiratórias. “Muitas vezes, os idosos já têm outras doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes e até sequelas pulmonares de outras patologias, covid-19 e tabagismo. Por isso, a necessidade de hidratação e de atualização do calendário vacinal“, explica. Na rede pública de saúde, o maior número de casos concentra-se na faixa de até 4 anos.
Com informações do Correio Braziliense
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