No DF, mãe pede ajuda para pagar tratamento de filhos com anemia
As visitas aos hospitais públicos do Distrito Federal já fazem parte da rotina de Maria Chaves de Sá. Mãe de dois filhos menores de idade – Caio e Cawan, de 11 e 14 anos, diagnosticados com anemia falciforme –, ela tem que lidar diariamente com o sofrimento dos garotos, provocado pelas intensas dores que a condição rara provoca.
“Para aguentar a dor só com morfina”. É assim que a dona de casa de 43 anos explica a gravidade dos sintomas causados pela anomalia.
A condição rara faz com que os glóbulos vermelhos do organismo adquiram o formato de foice, causando morte prematura das células e tornando os glóbulos vermelhos saudáveis escassos, obstruindo o fluxo sanguíneo e provocando as dolorosas crises que acometem os portadores da condição.
É desesperador, pois eles choram muito. Me sinto impotente e tenho de me controlar para não expor e passar para eles todo o meu desespero e sofrimento“
Cansada de “viver visitando hospitais”, Maria e os médicos veem no transplante de medula óssea a solução para o sofrimento dos garotos. Para a hematologista Cibele Nóbrega Aguiar, da Aliança Oncologia, a decisão mostra o desespero da progenitora, uma vez que o procedimento cirúrgico é recomendável apenas em último caso, quando a doença é extremamente grave e não pode ser tratada com a ajuda de medicamentos.
Obstáculos
Porém, o drama da mãe é ainda maior. Como a doença é hereditária e tanto o pai quanto Maria possuem o traço do gene da anomalia, a única chance de um transplante bem-sucedido exige a realização de uma fertilização in vitro.
“É preciso que o doador seja um irmão dos meninos, mas que não tenha o gene. Por isso, ela tenta recorrer a fertilização. Para gerar uma criança saudável e, assim, ser capaz de realizar o procedimento”, explica a médica.
A dona de casa esbarra em outro obstáculo: os altos valores que envolvem o tratamento. As opções são escassas e poucos hospitais realizam com a excelência necessária o transplante de medula. Segundo Maria, no Brasil, apenas o Sírio-Libanês de São Paulo poderia oferecer a transposição do tecido – os valores giram em torno de R$ 60 mil e incluem passagens e consultas clínicas.
Para conseguir arcar com os custos, a família criou uma vaquinha na internet. “Peço ajuda das pessoas, pois não tenho como pagar pelo tratamento. Estou desesperada. É horrível ter que pedir dinheiro dos outros, mas foi o que nos restou”, diz Maria Chaves de Sá.
Saiba aqui como ajudar a custear o tratamento.
Fonte: Metrópoles