Eleições: dos 610 candidatos à CLDF, apenas 13% se autodeclaram pretos
Dos 610 candidatos que concorrem às 24 vagas na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), apenas 13,7% se autodeclararam pretos. No detalhamento dos dados, são 249 pardos e 84 negros, frente a uma maioria formada por 252 brancos. Apesar de este ser o pleito com o maior número de postulantes negros desde 2014, o feito escancara a falta de representação da maioria da população do DF, composta por 57,4% de negros, segundo dados disponibilizados este ano pela Pesquisa Distrital de Amostra por Domicílio.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam, ainda, que a representação feminina equivale a apenas 34% das candidaturas para a CLDF, mesmo que a população do DF seja majoritariamente composta por mulheres, conforme levantamento realizado pela Codeplan. Apesar da existência de uma cota eleitoral, que tem como objetivo incentivar a participação feminina na política, candidaturas no DF ainda são formadas por maioria de homens autodeclarados brancos.
A representatividade fica mais prejudicada no que diz respeito às mulheres negras ou indígenas. São apenas 4,9% autodeclaradas pretas e 13,1% pardas. Há ainda uma postulante autodeclarada amarela e duas candidaturas de indígenas. Cinco concorrentes do sexo feminino não declararam raça ou cor. No total, 212 mulheres tentam ser eleitas.
Das 610 candidaturas registradas no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), 396 são de homens, o que equivale a 64,9% do total de candidatos. Entre eles, estão 17 dos 18 atuais parlamentares que tentam reeleição. As principais apostas do último grupo concentram-se em relembrar os brasilienses as conquistas obtidas durante o mandato em vigor.
Quanto ao grau de instrução, 65,9% declararam ter nível superior, 19% afirmaram possuir nível médio completo, 2,78% disseram que têm nível fundamental completo e 0,8% alegou saber apenas ler ou escrever, sendo quatro do Democracia Cristã (DC) e um do Solidariedade.
O TRE-DF informa que não fiscaliza as autodeclarações raciais dos candidatos. Quando há denúncia de registros, o TSE julga os casos relacionados aos postulantes à Presidência da República. As demais candidaturas são julgadas pelas cortes regionais.
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