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Descarte irregular de construção custa R$ 4 mi por mês aos cofres públicos

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A falta de conscientização de uma parcela da população custa caro aos cofres públicos. Por mês, o Governo do Distrito Federal (GDF) desembolsa quase R$ 4 milhões para recolher materiais de construção civil descartados em locais irregulares na capital. “Gastamos esse valor para recolher o descarte irregular de construção civil, seja com o trabalho manual ou mecanizado. É um crime ambiental, mas que o SLU sempre limpa. Estamos gastando os nossos recursos para essas atividades que vêm na conduta indevida do cidadão”, explica a chefe de Medição e Monitoramento do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Andréa Almeida.

Para evitar esse prejuízo, o governo tem desenvolvido uma série de ações. Uma delas é o programa De Cara Nova, que transforma antigos espaços de entulhos em áreas limpas, arborizadas e de convivência. Só neste ano foram eliminados 10 locais de descarte irregular, onde foram retiradas mais de 7 mil toneladas de materiais, e mais cinco serão transformados pela iniciativa até o fim de 2023.

Outra ação é a disponibilização de espaços adequados e gratuitos para o descarte. Hoje, o DF conta com 23 papa-entulhos espalhados pela cidade – os endereços podem ser conferidos no site do SLU -, onde podem ser descartados restos de obras, móveis velhos, restos de poda, material reciclável e óleo de cozinha usado.

Todo cidadão tem direito a colocar até 1 m³ de resíduo por dia. Os entulhos, galhadas e demais inservíveis são encaminhados para a Unidade de Recebimento de Entulho (URE). Já os móveis que ainda podem ser utilizados são doados para cooperativas e entidades assistenciais cadastradas.

Por dia, a URE recebe cerca de 5 mil toneladas de resíduos de construção civil. Deste valor, cerca de mil toneladas são reaproveitados como agregados de Resíduos de Construção Civil (RCC): brita 1, brita 2, brita 3, rachão e pó/areia. Tais materiais são utilizados pelas administrações regionais, pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) para recuperar estradas vicinais nas áreas rurais do DF.

“É um material que conseguimos utilizar de volta no ciclo produtivo. Por isso é muito importante que seja feita a destinação correta do resíduo. Evita o gasto público, reaproveita em prol da sociedade e ainda ajuda o meio ambiente”, define Andréa Almeida.

Além de poder utilizar um papa-entulho, a sociedade tem outra forma de ser vigilante em relação ao descarte do resíduo de construção civil. “Ao contratar uma caçamba, o consumidor pode acompanhar o CTR (Controle de Transporte de Resíduos), documento que mostra registra a destinação do entulho e garante que ele será enviado a uma URE”, completa a chefe de Medição e Monitoramento do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Andréa Almeida.

Com informações da Agência Brasília

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Jornalista

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