Política

Dirigentes do PT-DF falam sobre as atividades partidárias e comentam sobre os projetos para 2021

By Jeová Rodrigues | 27 de abril de 2021 0 Comments

O ano de 2022 será um ano decisivo na política brasileira. A pandemia de covid-19, a crise econômica e social, os milhares de desempregados e a baixa expectativa de melhoria de vida por parte da população brasileira, farão das próximas eleições presidenciais um momento único no país. Quem avalia desta forma é o presidente do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal (PT-DF), Jaci Afonso, que, em entrevista ao Jornal TaguaCei, salientou a importância das eleições para colocar o país outra vez no caminho do desenvolvimento.

Para Jaci, a luta do PT, tanto no DF quanto a nível nacional, será de eleger, primeiramente, o presidente Lula como presidente, e, em seguida, governadores, deputados e senadores. “Nós já governamos o Distrito Federal duas vezes, fizemos a diferença nesses dois governos, e queremos voltar a governar o DF numa aliança com todos os partidos de esquerda aqui no DF”, afirma o presidente do PT-DF.

A fala de Jaci foi feito poucos dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter considerado o ex-juiz Sérgio Moro, como incompetente para julgar os casos que envolviam o presidente Lula e como suspeito, já que ele teria agido de forma parcial nos casos em que Lula era réu. Com a decisão, que já tinha sido proferida pela segunda turma da Corte, o ex-presidente passa a ser elegível e deve ser o candidato do PT em 2022.

“Então isso é importante para a população brasileira, inclusive para as pessoas mais pobres, que são utilizadas através, inclusive da religião, um mecanismo de alienação ideológica, então, portanto, nós estamos em um momento oportuno. Queremos agora montar uma estratégia eleitoral para que a gente derrote o Bolsonaro e também o Ibaneis [Rocha]”, afirma Jaci Afonso.

Mas como bem lembrou o presidente do PT-DF, a luta não está ganha, antes, é preciso trabalho, pois, caso contrário, os resultados podem levar a uma continuidade da atual política, tanto nacional quanto local. “Nós vamos reorganizar o partido por territórios. Inclusive do ponto de vista do movimento sindical. O PT quer dialogar com esses partidos políticos [de esquerda] para construir uma frente para derrotar Ibaneis aqui no DF”, diz Jaci Afonso.

Ceilândia

O maior colégio eleitoral do DF é Ceilândia. Com quase 300 mil eleitores, a região administrativa mais populosa é também a decisiva na hora de referendar o governador da capital federal. Ao falar com a nossa reportagem, o presidente do PT de Ceilândia, Professor Nelson, explicou como será o trabalho do partido nos próximos meses para conseguir resgatar os militantes na cidade e também construir um projeto que venha a ser oferecido como proposta de mudanças para todo o DF.

“A partir de agora o partido está reorganizando todos os 20 diretórios, nós estamos reconstituindo os diretórios, para a gente trabalhar dez partidos, no ano de 2021, preparar o partido com todas a militância para que em 2022 nos botemos o bloco na rua”, diz Nelson.

Ele também criticou o governo Ibaneis e lembrou que, se o país e nem o DF vacinaram grande parte de suas populações, é porque os governadores e o governo federal, não fizeram nada para adquirir as vacinas. “Então esse é o governo Ibaneis, que mente para a população, porque depois que ele abraçou o governo Bolsonaro, ele passou a mentir. A um mês atrás ele [Ibaneis] disse que haveria três hospitais de campanha com 100 leitos cada, depois desmentiu, disse que imprensa tinha entendido errado. Não tem ação”, lembra o presidente do PT de Ceilândia.

Por fim, Professor Nelson defendeu que o PT tenha candidato em 2022 e que apoie os outros partidos de esquerda na construção de alianças entre setores progressistas da sociedade.

“Tenho certeza absoluta que o Partido dos Trabalhadores vai voltar com força total porque, todas as vezes que eles acham que estão enterrando o PT, o PT renasce com força total, com mais união, solidariedade. Nós vamos mostrar a força que esse partido tem 2022”, afirmou Nelson.