Depois de o americano Donald Trump chamar o colega russo Vladimir Putin de “louco” e advertir sobre a queda de Moscou, Rússia lança a maior ofensiva à Ucrânia desde o início da invasão, em 2022. Kremlin acusa Casa Branca de “emotiva”
O maior ataque russo à Ucrânia, na madrugada desta segunda-feira, envolveu 355 drones Shahed e nove mísseis, atingindo cerca de 30 cidades. A terceira noite de bombardeios consecutivos ocorreu horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escalar a retórica contra o homólogo da Rússia, Vladimir Putin. “Sempre tive uma boa relação com Vladimir Putin, mas algo aconteceu com ele. Ele ficou completamente louco! Ele está matando, sem necessidade, um monte de gente, eu não falo apenas sobre soldados. Mísseis e drones estão sendo lançados sobre cidades na Ucrânia, sem qualquer razão”, escreveu em seu perfil na própria plataforma Truth Social. “Eu sempre disse que ele quer toda a Ucrânia, não apenas um pedaço dela, e talvez isso esteja se mostrando certo, mas se ele fizer isso, levará à queda da Rússia!”, acrescentou.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, admitiu que “este é um momento muito delicado e repleto de tensão emocional de todos os lados, assim como de reações emocionais”. No domingo (25/5), os bombardeios russos mataram 13 ucranianos.
Depois de 1.188 dias de invasão à Ucrânia, Olexiy Haran — especialista em política comparada da Universidade de Kyiv-Mohyla — tomou uma decisão: não buscar abrigo em bunkers ou em estações de metrô ao escutar as sirenes antiaéreas. “Estou velho demais para isso. Minhas duas filhas e minha mãe vivem em partes distintas de Kiev e sempre se protegem durante os alertas de bombardeios. Não existe mais local seguro na capital”, contou ao Correio. “Muitas pessoas se refugiam nos abrigos, acompanhadas de crianças pequenas, que não param de chorar. Do ponto de vista psicológico, é difícil permanecer ali.”
Segundo ele, os bombardeios entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira duraram cerca de seis horas. “Um imóvel situado a 300m da casa de minha filha foi totalmente destruído por mísseis russos. Prédios vizinhos, incluindo dela, foram danificados. É muito difícil para mim e minha família.”

Haran afirma que espera ações de Trump, não apenas palavras. “Quando ele ascendeu ao poder, prometeu pressionar ambos lados, a fim de conseguir o cessar-fogo. Desde então, Trump tem se recusado a denunciar Putin. O russo rejeitou a trégua, chamou o americano de ‘perdedor’ e intensificou os bombardeios à Ucrânia. De alguma forma, Trump convida Putin a prosseguir com a guerra”, ironizou.
Cobrança
Em visita a Hanói, no Vietnã, o presidente francês, Emmanuel Macron, cobrou indiretamente o americano. “Vimos novamente, nas últimas horas, Donald Trump expressar sua cólera, uma forma de impaciência. Só espero agora que isso se traduza em ações.”
Na tarde dsta segunda-feira, o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, divulgou um vídeo no qual reforçou as críticas de Trump ao Kremlin. “Mais de 900 ataques com drones foram lançados contra a Ucrânia em apenas três dias, junto a mísseis balísticos e de cruzeiro. Não existe lógica militar nisso, mas é uma escolha política clara da Rússia: a opção de continuar travando a guerra”, declarou. Zelensky defendeu “novas e fortes sanções contra a Rússia, vindas dos Estados Unidos, da Europa e de todos aqueles ao redor do mundo que buscam a paz”. “Elas servirão como um meio garantido de forçar a Rússia não apenas a cessar fogo, mas também a demonstrar respeito”, observou.
Na mesma linha de Zelensky, Macron também reforçou a necessidade de “sanções muito mais massivas” contra a Rússia, com o objetivo de persuadir Putin a encerrar o conflito. O francês enviou uma advertência a Trump: “A credibilidade dos EUA está em jogo”. No domingo, o americano também centrou críticas contra o presidente ucraniano. “Zelensky não faz nenhum favor ao seu país falando como fala”, escreveu Trump. “Tudo o que sai da boca dele causa problemas, não gosto, e é melhor que ele pare.”
Com informações do Correio Braziliense
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