A Secretaria de Cultura de Águas Lindas de Goiás realizou a 1ª edição do Congresso Municipal Aldir Blanc. Com o intuito de orientar e explicar aos artistas locais sobre a lei Aldir Blanc – em homenagem ao compositor carioca, que faleceu em 2020, em decorrência da covid-19 – o Congresso também contou com a participação do Conselho Municipal de Cultural, criado recentemente para fiscalizar e acompanhar a execução dos recursos destinados às políticas públicas culturais.
A lei Aldir Blanc foi criada com a finalidade de atender ao setor cultural do Brasil, maior afetado com as medidas restritivas de isolamento social impostas em razão da pandemia de Covid-19, destinando para tal o valor de R$ 3 bilhões de reais. Esse dinheiro foi destinado aos estados, que repassaram aos municípios.
No caso de Águas Lindas, a parcela destinada ao município pela Secretaria de Cultura de Goiás, precisa ser executada até o dia 31 de dezembro deste ano. Caso contrário, o recurso volta aos cofres da União.
O secretário de Cultura de Águas Lindas, Denildson Soares, explica que o Congresso tem dois objetivos centrais, que seria o de explicar aos artistas locais o que é a lei Aldir Blanc, e o de mostrar como os artistas precisam fazer para acessar a lei via edital. “Com o objetivo de levar informações para todos os agentes culturais do município”, diz.
A iniciativa é mais um passo que a secretaria dá no sentido de valorizar a cultura local. De acordo com o secretário, a proposta da pasta é de ser “um braço de apoio” dos artistas locais e também da sociedade por meio da melhoria da qualidade dos serviços e da infraestrutura dos espaços culturais do município.
“Queremos aproximar a Secretaria de Cultura junto dos artistas, para com isso fazermos editais mais democráticos, com explicação, interpretação de como acessar recursos, melhorar seus trabalhos. Ou seja, queremos democratizar a cultura”, afirma o secretário.
Recentemente o município inaugurou, na Praça da Bíblia, a Feira do Artesão, um espaço voltado ao comércio dos produtos artesanais fabricados por produtores locais. O espaço funcionado todos os sábados, das 16h às 22h.
“A cultura não pode excluir A ou B, a cultura é pra todos, precisa ser democrático, então, o nosso objetivo é aproximar desses artistas e dar todo o apoio”, reforça Soares.
Outro passo que a Secretaria de Cultura deu para tentar melhorar as condições da produção artística e cultural do município foi a criação do Conselho Municipal de Cultura. Presidido pelo agente cultural, Rômulo Victor, o colegiado tem como meta a fiscalização e o acompanhamento da aplicação de recursos, sejam eles de âmbito municipal, estadual ou federal.
“Nosso papel tem a finalidade de instruir melhor e provocar os artistas para que façam uso do recurso. É uma forma de fiscalizar o poder público e a execução de recurso, além de orientarmos os artistas”, explica Victor.
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