Audiência pública discute atendimento à população em situação de rua
Encontro no MPDFT para debater o tema ressaltou o aprimoramento dos serviços e o acolhimento humanizado da rede pública
A Secretaria de Saúde do DF (SES) tem aprimorado o atendimento à população em situação de rua, por meio da ampliação dos consultórios na rua (eCR) e da capacitação de profissionais para otimizar o acolhimento. O fenômeno da população vulnerável foi tema de debate durante audiência pública realizada no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) nesta quinta-feira (26).
O objetivo do evento foi oferecer e construir um ambiente de diálogo. Ao ouvir gestores públicos, comunidade e movimentos sociais, a audiência buscou fomentar debates sobre políticas públicas que garantam os direitos fundamentais da população de situação de rua e, por consequência, da comunidade local.
“Nesta semana, recebemos a resposta positiva da região Sudoeste [de Saúde] para compormos mais uma eCR, que já terá um médico na equipe. Além disso, fizemos a entrega de três veículos readaptados para a região Oeste, Sudoeste e para Asa Sul”, ressaltou a gerente de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais, Juliana Soares, que representou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
A expectativa é que, até o final deste ano, sejam oito eCRS pelo Distrito Federal. O foco da atuação dessas equipes está, principalmente, no acolhimento e no atendimento, facilitando o acesso dessa população aos serviços da Atenção Primária: testagem, exames, encaminhamentos para especialidades, curativos, entre outros.
Já a aquisição e a readaptação de novos veículos são importantes para a celeridade dos atendimentos. “Os carros vão trazer mais rapidez à assistência das equipes. Conseguiremos ampliar o acesso a essas pessoas que, muitas vezes, não conseguem nem chegar às unidades físicas”, declarou a gerente, referindo-se aos dois últimos veículos, adquiridos pela SES no dia 17 deste mês.
Em 2022, quando a composição era de cinco equipes, os consultórios na rua ofertaram 14.325 assistências individuais e 20.723 procedimentos, o que inclui aplicação de vacina, insulina, entrega de medicamentos, testes rápidos, entre outros. Também foram registrados 1.043 atendimentos odontológicos.
Os espaços itinerantes, além de ofertarem os serviços essenciais de saúde, funcionarão também como carros da vacina aos finais de semana e feriados, ampliando ainda mais o alcance das campanhas de imunização na capital.
Acolhimento humanizado
O constante aprimoramento e a capacitação dos profissionais para acolher a população em situação de rua também foram mencionados. Neste ano, foram realizadas novas turmas de facilitadores para a qualificação de equipes na Atenção Primária.
No curso de formação, cerca de 300 servidores passaram pelo treinamento, que englobava não somente aulas para tratamento de doenças, mas orientações de como se comunicar e se relacionar com o público-alvo. “Ultrapassamos a lógica de capacitar as equipes somente para tratamento de doenças, mas pensamos no desenvolvimento de habilidades que auxiliem o acolhimento adequado”, explicou a gerente.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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