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DF teve 12 registros de bomba em 2022, 4 somente às vésperas da posse

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Apenas nos últimos 3 dias, às vésperas da posse de Lula, foram 4 ocorrências de suspeita de bomba. Em 2 casos os explosivos eram reais

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) atendeu um total de 12 ocorrências de suspeita de bomba neste ano na capital. Apenas nos últimos três dias, às vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram quatro acionamentos.

Em apenas cinco das 12 ocorrências atendidas pela PM neste ano os artefatos realmente eram explosivos. Nas outras situações foram falsas ameaças.

De sexta-feira (23/12) a domingo (25/12), a Polícia Militar atuou em quatro casos do tipo. Em dois deles, havia bombas reais.

Quatro casos em três dias

Na primeira ocorrência, na sexta, um passageiro de ônibus foi preso suspeito de transportar uma bomba dentro de uma bolsa. O veículo parou na 216 Sul, após denúncia de uma passageira. Algumas horas depois, a polícia confirmou que não havia artefato algum dentro da mochila e liberou o homem que estava detido.

Já na manhã de sábado foram dois casos. Em uma das situações, o esquadrão antibomba da Polícia Militar do DF (PMDF) conseguiu neutralizou um artefato em área próxima ao Aeroporto Internacional de Brasília. O acusado de tentar provocar o atentado na capital da República se identifica nas redes sociais como George Washington Oliveira Sousa e tem 54 anos.

Logo depois, equipes das forças de segurança se mobilizaram para desarmar uma suposta bomba perto da Base Aérea de Brasília. No entanto, os agentes encontraram apenas uma mochila com uma garrafa de água mineral dentro.

Por fim, na madrugada de domingo, uma nova suspeita de bomba mobilizou as forças de segurança do DF. O material encontrado na região do Gama, na DF-290, pesava cerca de 40 kg. No fim da noite de Natal, o esquadrão de bombas do Batalhão de Operações Especiais da PMDF foi ao local para realizar procedimentos técnicos e confirmou se tratar de explosivo. Em seguida, fez a detonação controlada do material.

Atentado

caso da bomba armada por George Washington de Oliveira Sousa ocorreu na manhã de sábado (24/12). O artefato seria explodido com uso de dispositivo remoto, que chegou a ser acionado, mas falhou, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

O motorista da carreta, que transportava querosene de aviação, percebeu a presença de uma caixa de papelão em um dos eixos do veículo. Ao abrir, encontrou duas “bananas” de dinamite e um detonador com “luzes piscando”.

Acionada, a PMDF, junto a equipes do Corpo de Bombeiros e das polícias Federal (PF) e Civil (PCDF), deflagraram uma operação para desativar a bomba.

Saiba quem é o homem preso após tentar explodir bomba no DF

George Washington foi preso na noite de sábado (24/12), horas após as forças de segurança recolherem o explosivo. Ele confessou que planejava um atentado para o dia da posse de Lula.

Veja imagens do suspeito e do arsenal apreendido:

Com George Washington, a polícia encontrou um arsenal composto por armas, munição e explosivos. Ele afirmou ter gastado cerca de R$ 160 mil em armas e R$ 600 em dinamite antes de sair de Xinguara (PA) para a capital federal, onde participava de atos em frente ao QG do Exército desde 12 de novembro.

A bomba encontrada perto do aeroporto havia sido fabricada um dia antes e poderia ser acionada por controle remoto, a distância de 50 a 60 metros. O criminoso afirmou ter entregado o explosivo para um conhecido, identificado como Alan Diego dos Santos Rodrigues, que ficaria responsável pela detonação.

Preso em flagrante por porte e posse ilegais de armas, além de crime de terrorismo, o bolsonarista teve a prisão convertida para preventiva na manhã de domingo. No mesmo dia, por questões de segurança, ele foi transferido da carceragem da PCDF para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Fonte: Metrópoles

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Jornalista

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