O STF está, desde o dia 19 de maio, ouvindo testemunhas de acusação e de defesa na ação penal que julga a tentativa de golpe de Estado
O ex-chefe de gabinete, Antonio Ramiro Lourenzo, do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, durante governo de Jair Bolsonaro (PL-RJ), afirmou em depoimento que Anderson foi obrigado a ir a uma live que o ex-presidente realizou no Palácio do Planalto, no dia 29 de julho, para descredibilizar as urnas eletrônicas.
Ao ser questionado se o ex-ministro teria liberdade de não comparecer à live, a testemunha respondeu: “não, a gente não vislumbrava isso”. Antonio informou que quando soube do teor da live, ficou preocupado. E, em uma longa conversa com Anderson, o orientou a não dar opiniões e apenas fazer falas técnicas.
Entre as ações, uma delas era transferir a live que seria no Ministério da Justiça para o Palácio do Planalto, o que ocorreu. Outras estratégias seriam diminuir a exposição do ministro na live e buscar conteúdo técnico – em caso dele ser chamado a falar – para “que pudesse ser dito sem maior comprometimento”.
A testemunha disse que não havia indícios de fraude ou problemas em urnas eletrônicas e, por isso, foi atrás de uma série de relatórios produzidos pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Fui buscando dentro desses relatórios algo que ele pudesse ler e aí dessa forma na live ele se pendesse a argumentos técnicos e não opiniões”.
Com isso, o ex-chefe de gabinete selecionou um trecho – lido pelo ex-ministro na live – com “afirmações um pouco mais assertivas de todos os relatórios”. De acordo com Antonio, “de todas as marcações que nós fizemos, essa chamava um pouco mais atenção e tinha um pouco mais de assertividade na recomendação”, comentou.
O trecho lido dizia que apesar de ser possível auditar a totalização dos boletins de urna, não é possível auditar de forma satisfatória o processo entre a votação do eleitor e a contabilização do voto no boletim de urna.
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