Presidente da Associação Comercial de Ceilândia fala sobre empreendedorismo na região
Opresidente da Associação Comercial de Ceilândia, Francisco Messias Vasconcelos, afirma que Ceilândia possui oito mil empresas, sendo que quatro mil são microempresas. Ainda segundo o presidente, a cidade, sozinha, é responsável pela arrecadação de 25% do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Distrito Federal. Esses números, afirma Messias, servem para comprovar o poderio da cidade mais populosa do DF.
“A cidade é um espelho para o meio empresarial. Todo empresário que vem para o DF, quer vir para Ceilândia”, explica Messias. Sobre os possíveis motivos que levariam justificaria a tal preferência por parte do empresariado, segundo o presidente, seria o alto número populacional da cidade. Em 2015, Ceilândia possuía, segundo a pesquisa mais recente do IBGE, 489.351 mil moradores. Desses, afirma pesquisa da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN/DF), de 2015, (51,82%) eram mulheres; (51,67%) habitavam a cidade e tinham nascidos no DF.
A pesquisa apontou também que (48,33%) da população é composta por imigrantes, sendo que (68,40%) deles são naturais da região Nordeste. Entre os Estados que lidera a lista dos que mais possuem imigrantes, está Piauí, com 33.230 moradores, que equivale a 14,06% da população da cidade.
“Onde tem gente, o povo tem que investir comercialmente, porque ali [Ceilândia] é aonde vai se faturar”, comenta Messias.
Gestão
À frente da ACIC, o presidente da associação diz que busca zelar pela “transparência” e “segurança”. Das oito mil empresas citadas por ele, nem todas são associadas, mas mesmo assim a ACIC “está aberta para atender a todas, seja associada ou não”.
O número de associados, segundo Messias, é baixo, se comparado ao número de estabelecimentos comerciais que existem na cidade.
A estratégia utilizada pela atual gestão é a de buscar apoio na política. “Só através da política vem melhorias”, afirma o presidente. Para isso, Messias diz que constantemente tem mantido contato com os deputados distritais que representam Ceilândia, no sentido de ter as demandas da associação atendidas. “Reivindicamos, principalmente, junto aos deputados, mais segurança, educação e saúde. Porque sem isso, é impossível até de trabalhar”, lembra Messias. Segundo ele, algumas solicitações já foram atendidas, mas “tem muito ainda por fazer”.
Contexto
Conforme destaca o próprio Messias, Ceilândia possui algumas características muito peculiares que contribuem com o progresso urbano. Entre elas, pontua o presidente da ACIC, destaca-se a realidade de que (40%) da população da cidade trabalha na própria cidade. Desses, 20% possui curso superior.
Geralmente Ceilândia é conhecida pela pujança de seu setor de comércio, mas o presidente da ACIC diz que o setor industrial da cidade “é muito forte”.
Sobre a crise econômica que contagia o país, Messias explica que o empresariado de Ceilândia não sofreu tanto impacto, porque eles estavam “preparados”. “Vamos continuar assim, unidos, trabalhando pelos nossos associados, pela economia da cidade, pois tenho certeza, unidos, venceremos as dificuldades com mais facilidades”, diz Messias.