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Casos de dengue aumentam no DF; alta é de 410% de janeiro a agosto de 2022

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O aumento explosivo de casos de dengue no Distrito Federal tem assustado os brasilienses. O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) mostra que, até 13 de agosto deste ano, foram registrados 63,8 mil casos prováveis de dengue, quantidade 410,3% maior que o mesmo período do ano passado, com 17,4 mil casos. Para frear os números, equipes do Núcleo de Vigilância Ambiental promoveram na Estrutural uma ação de combate ao Aedes aegypti, na manhã da última sexta-feira.

De acordo com Adele Vasconcelos, médica intensivista do Hospital Santa Marta, o crescimento no número de casos se deve a um misto de fatores já esperado pelas autoridades da saúde. “A gente já vinha se preparando para essa onda junto com a Secretaria de Saúde reunindo todos os hospitais e os coordenadores de emergência, diretores de hospitais”, explica.

Segundo a médica, dois dos fatores contribuíram para o aumento: o clima (ano muito chuvoso) e a questão da subnotificação. “A gente teve no período da pandemia de isolamento das pessoas dentro de casa, isso fez com que elas parassem de circular, fazendo com que as pessoas adoecessem menos, não só de dengue. E eu também acredito que os casos leves não foram procurar o hospital”, explica.

Adele Vasconcelos enfatiza que o combate à dengue começa pela prevenção, com cuidados que a população deve estar atenta como, por exemplo, não ter água parada em casa. “É importante prevenir que os ovos não sejam depositados porque, no Brasil, o clima é muito favorável para a dengue. Então basta que fique chovendo bastante, ter um ano mais chuvoso, que a gente acaba tendo mais casos de dengue também”, aponta.

Segundo a especialista, apesar de não ser uma doença com a taxa de letalidade alta, ainda causa impactos na sociedade. “Não tem tantas internações quanto covid, mas é uma doença com um potencial de letalidade, então a gente tem que se preocupar.” Os cuidados são ingerir muita água e não deixar de procurar o hospital caso persista com febre alta mais de três a cinco dias. “É a hidratação que vai fazer você não desenvolver casos graves, a desidratação é o maior complicador da dengue.”

Apesar do aumento no número de casos, a quantidade de mortes está estável neste ano, em relação a 2021. No ano passado, a SES-DF registrou 10 óbitos de dengue até o dia 13 de agosto. No mesmo período de 2022, a Secretaria notificou 11 mortes por complicações da doença.

Como prevenir?

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

10 regiões com mais casos em 2022

1º – Ceilândia: 10.351
2º – Samambaia: 5.845
3º – Taguatinga: 3.987
4º – Planaltina: 3.594
5º – São Sebastião: 3.086
6º – Vicente Pires: 2.325
7º – Sobradinho: 2.171
8º – Sobradinho II: 2.153
9º – Recanto das Emas: 2.294
10º – Paranoá: 1.471

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Jornalista

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