Setor produtivo questiona candidatos ao GDF sobre mobilidade e economia
O debate entre candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) promovido pelo Metrópoles ocorreu em parceria com o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Distrito Federal (Senac-DF) e a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra).
Na ocasião, o Senac e a Fibra questionaram os candidatos sobre propostas para melhorar a mobilidade, a segurança de trabalhadores e o desenvolvimento industrial do DF.
Para o Senac-DF, a mobilidade e a segurança dos trabalhadores são questões que impactam diretamente no desempenho do comércio, responsável por 50,3% do PIB do Distrito Federal. Assim, perguntou o que pode ser feito para garantir tranquilidade aos trabalhadores se deslocarem a qualquer hora, com segurança.
Leandro Grass (PV) foi o primeiro a responder e afirmou que mudará o governo de gestão atual e expandirá o sistema de transporte público. “Temos a possibilidade do VLT na área Norte e construir o BRT norte. No meu governo, vamos ter o bilhete ir e vir. O trabalhador não vai pagar passagem diariamente, vai contratar o bilhete por uma semana ou por um mês. Ele vai poder usar o transporte em todas suas situações, não só para trabalhar, mas para o lazer. Com esse transporte ampliado, o novo VLT, vamos garantir segurança e sustentabilidade”, propôs.
Já o candidato à reeleição Ibaneis Rocha (MDB) comentou sobre as obras que entregou em seu mandato e disse que o projeto do VLT está em andamento. “Aqui no DF temos as isenções que são dadas a mais de 30% dos que utilizam os transporte. É um sistema caro e ineficiente. Temos que investir nas melhorias. Vamos colocar em andamento o BRT Oeste, o BRT Norte, que custa R$ 1,2 bilhão. O projeto está pronto e estamos atrás de recursos. Precisamos renovar a frota de ônibus. Agora, os empresários precisam ter condições de fazer a renovação das frotas”, declarou o emedebista.
Na sequência, Izalci Lucas (PSDB) reclamou da falta de pontualidade, controle e transparência do sistema de transporte público local. “Você tem que garantir ao trabalhador que ele saia de casa, chegue ao trabalho e retorne na hora certa. O que falta é política pública, é controle, usar a tecnologia ouvindo as pessoas.”
A candidata ao GDF pelo PSol, Keka Bagno, foi a próxima a responder. “Temos de integrar o DF e a Ride, o que nós chamamos no nosso programa da Grande Brasília e com tarifa única. Precisamos de transporte integrado e baixos preços também. Os transportes públicos devem dialogar com os trabalhos e universidades”, pontuou.
Leila Barros (PDT) reforçou que, caso eleita, irá investir em transporte de massa. “Estamos falando da qualidade de vida. Usei muito ônibus aqui. É desumano que o ônibus para 120 pessoas, no máximo, na segunda parada vai embora e as pessoas ficam esperando horas. Estamos perdendo qualidade de vida ficando horas no trânsito do DF.”
Paulo Octávio (PSD) foi mais um a destacar a meta de expandir as linhas do metrô. “Entre os projetos que apresentei hoje no plano de metas está uma via expressa que vai ajudar a comunidade de Samambaia a chegar no Plano Piloto, atravessando por Taguatinga e Águas Claras. Temos que pensar no anel viário, desafogar o trânsito de caminhões e transportes aqui na região central de Brasília. Temos que pensar num VLT saindo do Recanto das Emas, passando pelo Riacho Fundo, Taguatinga e chegando em Ceilândia”, assinalou.
Por fim, Rafael Parente (PSB) reclamou que o atual governo e os anteriores não desenvolveram o BRT Norte. “A população hoje é refém dos ônibus. As pessoas que dependem dessas linhas gastam 40 dias por ano nessa locomoção. Precisa diversificar, ter mais tipos de transporte público disponíveis, precisa ter competição entre os modais, fazer transição para ônibus, zebrinhas, BRTs verdes e diminuir o preço da tarifa”, disse.
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