Sem socorro no HRC, crianças são mandadas para casa após 9h de espera
Ardendo em febre e com dores pelo corpo, crianças ficaram sem atendimento no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), nessa quarta-feira (28/2). Famílias chegaram à unidade de saúde às 13h e ficaram até às 22h vendo os pequenos sofrer, sem receber o devido tratamento.
Valdiléia Pestana, 48 anos, passou o dia angustiada ao ver a neta Maria Sofia dos Santos Rodrigues, uma bebê de apenas 6 meses, sofrendo, sem atendimento. “Estamos no hospital desde as 13h. Já são 22h e nada. Minha neta está com 39 graus de febre”, afirmou.
Segundo a avó de Maria Sofia, as crianças passaram pela triagem, mas ficaram nos corredores do hospital, sem receber sequer o resultado dos exames para diagnóstico. Incialmente, as famílias foram informadas de que não haveria médico para atendê-las. Depois, porém, disseram que haveria profissional, mas que estaria impossibilidade de atender.
Leydyana do Souza Brito, 42, levou a filha Maria Cecília, 7, para o pronto-socorro do HRC ainda durante a tarde. “Minha filha está desmaiando de dor no peito. Hospital está vazio. Passamos pela triagem. Minha filha está com 42 graus de febre. Vieram dizer que a médica não estaria atendendo. Não tem médico ou não querem atender?”, desabafou.
Segundo as famílias, funcionários do hospital teriam orientado os pacientes a buscar atendimento nas unidades de pronto atendimento (UPAs) e no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul. Diante disso, parte delas saiu desesperada em busca de socorro em outra unidade da rede pública.
Outro lado
O Metrópoles ligou insistentemente no telefone direto do HRC, para questionar a falta de atendimento médico e obter alguma explicação que justificasse tanto a demora quanto a dispensa dos pacientes. Nenhuma das seis tentativas, porém, foram atendidas. A reportagem acionou a Secretaria de Saúde, fazendo as indagações. Até a última atualização deste texto, a pasta não havia emitido nenhum parecer. O espaço segue aberto para manifestações.
Com informações do portal Metrópoles
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