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Arthur, neto de Lula, não morreu de meningite meningogócica

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O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) afirma que o neto do ex-presidente Lula,  Arthur Lula da Silva, de 7 anos, filho de Marlene Araujo Lula da Silva e Sandro Luís Lula da Silva, que faleceu no dia 1 de março não morreu de meningite meningogócica, conforme divulgado pelo Hospital Bartira, do grupo D’Or, em Santo André.

O deputado entrou com requerimento de informações ao hospital no dia do falecimento por conta do vazamento do óbito de Arthur, que morreu as 12h11 e cuja morte informando que a causa era a meningite foi divulgada pelo jornalista Ancelmo Gois de O Globo às 12h20 em seu blogue.

Na ocasião este blogue registou este fato com indignação. Entre outros familiares, Sandro, o pai do Arthur, soube da morte do filho pela matéria de Ancelmo Gois, segundo Padilha.

Num primeiro momento a intenção de Padilha com os requerimentos encaminhados ao hospital e ao Conselho Regional de Medicina era apurar o vazamento.

Mas, no velório, conversando com familiares, o deputado ficou sabendo de detalhes da morte de Arthur e que a família tinha dúvidas em relação ao diagnóstico.

Segundo uma médica amiga da família que acompanhara o caso, a tomografia de Arthur estava normal, não havia sinal de meningite. E o líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor, também não tinha registrado a bactéria.

Padilha que é médico e especialista em infectologia pela USP ponderou na ocasião que há casos em que a meningite se dá de forma generalizada. Mas mesmo assim solicitou ao hospital que fizesse o diagnóstico completo do caso no Instituto Adolfo Lutz.

Os diagnósticos foram feitos e na sexta feira (8/3) após o carnaval os resultados ficaram prontos. “O Arthur não morreu de meningite meningogócica. Não posso dizer do que ele morreu, porque a divulgação disso é uma decisão da família. Mas posso afirmar do que não foi. O agente etiológico não é o meningococo”, disse Padilha.

Na segunda-feira (11/3) tanto o hospital quanto a secretaria de Saúde de Santo André foram avisados pelo Adolfo Lutz e desde essa data não divulgaram a informação. A alegação de agora é que quem tem que divulgar é a família. Na ocasião da morte de Arthur a matéria saiu em O Globo nove minutos depois que ele entrou em óbito.

“Há dois crimes bastante graves. Primeiro o vazamento da morte do Arthur para a imprensa e a divulgação da causa que se comprovou falsa. O segundo é que houve pânico por conta de ser uma doença altamente contagiosa. Na escola do Arthur, no bairro, na cidade e em todo o Brasil muita gente saiu correndo atrás de uma vacina que hoje custa mais de 1 mil reais. E isso podia ter sido evitado”, explica Padilha.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo também sabe desde o dia 11/3 que a causa morte de Arthur foi outra, mas também não divulga a informação porque considera que essa é uma obrigação da Secretaria de Saúde de Santo André.

Fórum vai procurar as assessoria de imprensa das secretarias de Saúde de Santo André e do Estado de São Paulo e do hospital para atualização que será realizada em breve desta matéria.

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Jornalista

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