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Entregadores de aplicativos promovem breque em 31 de março e 1º de abril

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Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativos, a Anea, exige melhores condições de trabalho devido aos problemas enfrentados pelos trabalhadores

Nesta segunda (31/3) e terça (1º/4), o Brasil passará pelo breque nacional dos entregadores de aplicativo, o que afetará os serviços de delivery por todo o país. Em Brasília, os dois dias serão concentrados na área verde da Antena de TV, às 14h. Entre as reivindicações dos trabalhadores, está a reposição da taxa mínima de entrega, cuja inflação reduziu em cerca de 20% de ganho para os entregadores.

A iniciativa do ato é da Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativos (Anea), que destaca que as empresas aumentaram os lucros, mas isso não reflete em melhorias para a categoria. A Anea destaca que os entregadores não são reconhecidos como empregados, não têm férias, podem ser retirados da plataforma sem o pagamento de nenhum direito e chegam a cumprir jornadas de 12 horas por dia, os sete dias por semana.

Além disso, os entregadores argumentam que arcam com os custos de gasolina e manutenção da moto, com risco constante de acidentes. No Distrito Federal, cerca de 30 mil pessoas trabalham com entregas, chegando a 1,6 milhões de profissionais no país. A categoria numerosa mostra um potencial de organização e mobilização, notório pelo breque dos apps em 2020 que obrigou as empresas a negociar. 

Secretário Geral do Sindicato dos Mototaxistas e Motofretistas Autônomos do Distrito Federal, Diego Dutra afirma que os valores de custo e a inflação aumentam, enquanto os ganhos dos entregadores só diminuem devido à alta demanda.

“A estagnação impacta diretamente nos nossos ganhos fazendo com que a inflação corroa nosso poder de compra que precisa ser compatível com os nossos custos. Para nós, o custo operacional — não estou nem falando em margem de lucro — aumentou demais. Além de que temos que comer na rua, o que os restaurantes, às vezes, fazem um desconto por sobras de comidas e passamos mal”, destaca Diego.

Os riscos de acidente, por sua vez, além de frequentes, são todos custeados pelos trabalhadores quando de fato acontecem. Sem adicional noturno de insalubridade, muitos entregadores trabalham em horários irregulares dependendo das demandas. 

As principais reivindicações do breque são, segundo Diego, a taxa mínima por rota de R$ 10, o valor mínimo de R$ 2,50 por quilômetro, o limite máximo de distância para bicicleta de 3 km e a individualização dos valores das rotas agrupadas.

As empresas de aplicativo não se posicionaram até a última atualização desta reportagem.

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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