Canta, Sanfona! na Casa do Cantador
A Casa do Cantador recebe, no dia 03 de junho, Dona Gracinha com o projeto Canta, Sanfona! Nordestina, a sanfoneira traz ao palco, além dos clássicos do forró, composições próprias, músicas do repertório de seu último DVD, gravado ao vivo em 2017 no teatro Newton Rossi na Ceilândia.
Para Dona Gracinha, o forró é uma das expressões mais genuínas da cultura nacional, pois retrata as alegrias e amarguras do povo nordestino. E como não poderia deixar de ser, é isto que está presente no espetáculo de Dona Gracinha da Sanfona. Assisti-la é literalmente um show de diversidade e inclusão social. Aos 79 anos, levanta bandeiras da presença da mulher negra idosa, com deficiência física e visual no mercado de trabalho fortalecendo a importância da inclusão dentro espaços culturais do DF.
E quando o assunto é acessibilidade, o show da Dona Gracinha da Sanfona, irá contar com intérpretes de libras e audiodescrição. Para contemplar as pessoas com deficiência visual, o projeto irá disponibilizar transporte para um grupo de convidados da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais para assistirem ao show.
O espetáculo na Casa do Cantador é uma homenagem não somente à Dona Gracinha por toda a sua luta em manter viva a cultura nordestina, mas também coroar a Casa do Cantador como uma das melhores casas musicais do DF.
O Projeto Canta, Sanfona! nasce com a ideia de promover a inclusão social e cultural no Distrito Federal, conta com a realização do Beco da Coruja Produções, produção do Instituto Janelas da Arte e tem o apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. (FAC)
Sobre Dona Gracinha
Maria Vieira da Silva, a Dona Gracinha, nasceu na cidade de Floriano- Piauí, em 1943. Incentivada por um tio que era músico, aos sete anos de idade começou a tocar gaita de boca. Mais tarde passou para o pandeiro, mas logo se interessou pela sanfona.
Com dezoito anos tocava em bailes e festas em sua cidade natal. Na década de setenta veio morar em Brasília e desde então dissemina a cultural musical mais popular do Nordeste com sua sanfona pé-de-bode de oito baixos, herdada de seu pai.
Seu repertório é bastante eclético, além de composições autorias, o show contempla desde o tradicional “pé-de-serra” ao forró mais moderno. Incluindo xote, baião, coco, xaxado e frevo. Dona Gracinha também toca choro, seresta, marchinhas de carnaval, música caipira, tango e bolero.
Aos 79 anos de idade, Dona Gracinha é, sem dúvida, um exemplo de vida para todos, pois ao assistir às suas apresentações, diversas barreiras do preconceito são quebradas, tais como: a presença do idoso no mercado de trabalho, a luta por espaço da pessoa com deficiência física e visual, e a inclusão da mulher idosa, negra e nordestina como artista principal em suas apresentações.
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