Distrital Gabriel Magno fala sobre a expectativa da CLDF instaurar a CPI da Saúde; ‘é fundamental que a gente abra essa investigação, é preciso rever a forma da gestão da saúde pública’
O deputado distrital Gabriel Magno (PT) é um dos parlamentares que assinou o pedido de instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão da saúde pública do Distrito Federal. O pedido, que foi protocolado na Casa nesta terça-feira (28), conta também com apoio dos distritais Fábio Felix (Psol), Max Maciel (Psol), Dayse Amarilio (PSB), Chico Vigilante (PT) e Ricardo Vale (PT). Para ser acatado, o pedido precisa ter, no mínimo, oito assinaturas.
Para Gabriel Magno, a gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB) errou em outorgar ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) para ser o responsável pela administração dos serviços básicos de saúde. De acordo com o petista, essa falha tem não só gerado filas imensas nos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), como também tem permitido que pessoas morram nas filas por atendimento médico.
“Infelizmente mais uma vez o governo Ibaneis não responde à população e continua insistindo em negar que se tem uma crise na saúde. Não tem atendimento, pessoas estão morrendo porque estão esperando ambulância. Então, por conta disso, nós também apresentamos hoje seis assinaturas para a criação da CPI da Saúde para a gente poder investigar os desmandos da gestão, da falta de transparência para darmos respostas para sociedade”, diz Magno em entrevista ao TaguaCei.
De acordo com o distrital, a situação se torna mais crítica pelo fato de que o governo não tem enfrentado somente problemas na saúde, mas também na educação, transporte e outras áreas que são essenciais para a manutenção da qualidade de vida da população. “É um caos total, generalizado, e é por isso que a gente está pedindo aqui a CPI. Esse governo [de Ibaneis] é o governo de rico”, afirma.
Para o distrital, as obras de infraestrutura, geralmente as obras viárias, são importantes, mas não atendem diretamente a população mais pobre que precisa de outros serviços básicos, como vagas em creches, atendimento nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), geração de emprego, entre outros.
“Os empresários aqueles que têm contratos com o governo estão ganhando muito dinheiro, as obras dão muito dinheiro, só que o trabalhador não está ganhando, a cidade está um caos, são 15 mil pessoas na fila por uma vaga em creches, a cidade parou, paralisou transporte”, lembra o distrital.
No caso da saúde, a responsabilidade, segundo Magno, passa diretamente pelo Iges-DF, que não tem conseguido oferecer serviços de qualidade à população, acarretando assim, uma crise nunca antes vista no sistema público de saúde do DF.
“É fundamental que a gente abra essa investigação, é preciso rever a forma da gestão da saúde pública, acabar com Iges-DF, esse negócio de Iges não funciona, está dando muito errado e é a população que está morrendo na porta das UPAs. O Iges todo ano que passa, tira mais dinheiro da saúde. Então, a gente tem um orçamento da saúde que o Iges vai pegando mais dinheiro e a gente não tem servidor, nós não temos médicos, não temos enfermeiros, não temos técnicos enfermagem, não temos dentistas, não temos motorista para as ambulâncias, e as ambulâncias são estragadas e não conseguimos consertar”, alerta.
Por fim, o distrital ironizou a proposta do governador Ibaneis Rocha de recentemente criou uma equipe de planejamento para comprar um helicóptero novo para o transporte aéreo do governador. “Nós precisamos continuar nessa luta, nessa mobilização para ter de volta o Distrito Federal para as pessoas, para pensar em direitos, pensar em organização. A última do governador é querer comprar helicóptero para ele trabalhar, agora ele quer andar de helicóptero. Então, é por isso que nós vamos reafirmar aqui que não dá mais, a população do DF não aguenta mais o governo Ibaneis, esse governo, essa turma desmontou todos os serviços públicos”, disse. “Nós vamos ficar aqui na bancada na Câmara Legislativa junto com os sindicatos movimentos sociais lutando contra isso e defendendo os direitos dos cidadãos.”
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